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Criar um Slick Auto -Playing Destaque Slider conteúdo Por: Chris Coyier em 2008/08/18 Eu amo o Coda Slider plugin para jQuery. Eu usei-o recentemente para construir um par de abas "widgets" . Um aqui em CSS- Tricks na barra lateral para mostrar Script & Style Links , Posts em Destaque e Popular Posts . Apenas um tipo de uma forma divertida de mostrar muito conteúdo em uma área pequena . Também é usado em um artigo para NETTUTS para um propósito semelhante . Ambos os exemplos usam o Coda Slider muito bonito "out of the box ". Claro que o projeto foi fortemente alterada para se ajustar o emprego, mas a funcionalidade em si não foi alterada de forma alguma. Recentemente, tive o chamado para construir uma "zona de conteúdo apresentado ". O Coda Slider caber a factura quase perfeitamente , mas precisava de uma cirurgia funcionalidade pouco a fazer o que eu queria fazer. Um agradecimento especial a Benjamin Sterling por me ajudar e descobrir alguns truques para mim. Ver Demo Download de Arquivos Funcionalidade Checklist Como eu disse, o Slider Coda foi de 90% já existe. Há uma área de conteúdo principal (painéis, Se quiser ), que desliza da esquerda para a direita , cada um com conteúdo exclusivo diferentes. Há geralmente um número definido de painéis, mas o código é escrito de tal forma que a adição ou remoção de painéis de dor não é enorme. Há links que funcionam como navegação para saltar rapidamente para qualquer painel especial . Estas ligações podem ser qualquer coisa (hiperlink de texto, miniaturas , etc) e um link para um único valor hash URL ( cada painel tem uma URL única , se necessário) . Coda Slider proporciona tudo isso fora da caixa . Aqui está o que precisamos , além disso: •Diferentes tipos de conteúdo personalizado em painéis. Nós já podemos colocar o que nós queremos nos painéis , mas para torná-lo mais fácil para nós, haverá um par de diferentes formatos pronto para ir. A principal delas é uma imagem do tamanho de todo o painel , mas com um texto sobreposto . FEITO . •Auto- play . Você ainda pode clicar nas imagens para ir para qualquer painel , mas deixou em si mesmo, o cursor vai ciclo lentamente através dos painéis . Adicionado, veja abaixo. •indicador de seta. Para servir como uma indicação visual do painel que você está vendo , uma pequena seta acima irá mostrar a miniatura apontando para o painel. INCLUIDO. Vamos percorrer o HTML , CSS e JavaScript. O HTML Aqui está o HTML quadro apenas para o controle deslizante se : class="slider-wrap"> class="panelContainer"> class="wrapper"> temp class="photo-meta-data"> Kaustav Bhattacharya
"Free Tibet " Protesto no Rally da Tocha Olímpica class="panel"
class="wrapper"> class="panel"
class="wrapper"> scotch egg

Como cozinhar um ovo Scotch
  • 6 ovos cozidos, bem refrigerado ( i tentar cozinhá-los para apenas uma etapa soft passado fervida , em seguida, colá-los na parte mais fria da geladeira para firmar acima ) < / li>
  • £ 1 salsicha de carne de boa qualidade ( carne de peru que eu usava o solo, temperado com sálvia, pimenta branca , sal e um pouquinho de xarope de bordo ) < / li>
  • 1 / 2 xícara de farinha AP
  • 1-2 ovos batidos
  • 3 / 4 xícara migalhas de pão panko -style
  • óleo vegetal para fritar class="panel"
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Lyoto x Shogun sob o olhar da ciência

Análise estatística Lyoto X Shogun.

Após a luta, decidi retornar ao site fighmetric e aqui, ao Blog, para gerar adendos baseados nos meus comentários no artigo anterior. São eles:

Estrutura técnico-tática

O que tinha comentado:

"Analisando as lutas anteriores de Shogun, percebemos que ele pode ser classificado, por ordem de importância, como um lutador Striker (predominância de golpes traumáticos como socos, chutes, etc.); Grappler (predominância de técnicas de solo); Wrestler (técnicas de projeções). Já Machida, é um lutador Striker, Wrestler e Grappler. Ressalto que não há um estilo ou combinação de estilos que seja o diferencial. O que vale é o atleta: quantas ações realiza no combate e se são efetivas. Baseado nas estatísticas de lutas anteriores (fightmetric.com), nesse quesito, observamos que Lyoto está em melhor condição que Shogun."

Agora, após o combate:

Gosto de trabalhar com estatisticas. No entanto, o resultado de uma luta, quando vai para a decisão dos juízes, torna-se muito subjetivo. Conforme observamos na figura acima, obtida do site fightmetric.com, Shogun apresentou nesse combate maior número de ações e maior número de golpes com efetividade, ou seja, atingiram o oponente de modo que o desestabilizasse e/ou gerasse pontos.

Peso, idade e envergadura

O que tinha comentado:

"Shogun costuma sofrer mais do que Lyoto para baixar o peso e a redução de massa corporal costuma influenciar negativamente a performance quando as lutas se prolongam para os últimos rounds, pois a perda de peso afeta parte da condição aeróbia do lutador; entretanto, aparentemente, se a perda não for grande e haver tempo suficiente entre a pesagem e a hora da luta (acima de 5 horas) pode não influenciar, principalmente, nos rounds iniciais. Lyoto tem 31 anos, enquanto Shogun tem 27 (faz 28 em novembro deste ano). Apesar de Lyoto já ter vencido lutadores mais jovens diversas vezes, nesse quesito, vantagem para Shogun: diversos estudos indicaram que atletas mais velhos tem mais dificuldade de recuperação dos treinamentos e lesões. Outra vantagem dele se preferir a luta na longa distância: Shogun tem mais envergadura que Lyoto (193 cm contra 188 cm de Machida)."

Agora, após o combate:

A perda de peso, possivelmente, não influenciou o rendimento de nenhum dos dois. Shogun trabalhou bem a maior envergadura, golpeando na longa distância, além dos chutes baixos.


Lateralidade


O que tinha comentado:

"Aqui Lyoto leva vantagem: é canhoto (Lateralidade esquerda). Em diversos estudos realizados com elevado número de atletas de Judô e Boxe, verificou-se que os lutadores canhotos perdem os combates, em média, 50% menos do que os destros (Lateralidade direita). Este fato é atribuído às ações técnico-táticas imprevistas dos canhotos. Enquanto os lutadores canhotos frequentemente são acostumados a lutar com destros, o inverso não ocorre, pois somente de 8-15% da população em geral é “canhota”. Somado a isso, em outro estudo, observou-se que o deslocamento predominante no Octagon (8 lados) é diagonal e não em linhas retas como nos ringues (4 lados). Ao observarmos as lutas anteriores de Lyoto, verificamos que essa forma de deslocamento é amplamente utilizada por ele, que somado às suas ações do “lado” esquerdo, aumentam a imprevisibilidade de seu jogo. Shogun, possivelmente em função de sua transição dos ringues para o octagon ser mais recente, tende a realizar mais deslocamentos em linha. No entanto, uma de suas características mais ressaltadas pelos adversários e treinadores é a versatilidade, ou seja, a capacidade de se adaptar e modificar rapidamente sua sequência de golpes ou troca de posições."

Agora, após o combate:

Apesar de ajudar Lyoto, pois continuou apresentando ações técnico-táticas imprevisiveis e deslocamento no ringue diferenciado, Mauricío Shogun, conseguiu anular boa parte do jogo de Lyoto nessa luta, representando pouca vantagem competitiva a lateralidade.

Preparação Física

O que tinha comentado:

"Aparentemente, pelo fato de retornar depois de longo período sem poder treinar adequadamente, Shogun apresentou falhas relacionadas ao componente cardio-respiratório. Passou a impressão de que após 7-8 minutos de luta, não consegue manter o mesmo ritmo que Lyoto costuma se apresentar e isso pode ser problema se ainda não corrigiu essa deficiência, no caso de a luta ultrapassar 3 rounds. Com relação à potência, podemos observar duas situações diferentes. Aparentemente, Shogun não é tão veloz que Lyoto; contudo é mais forte, tem mais Punch. Já Lyoto, compensa a diferença a menos de “pegada” com uma velocidade incrível e pontaria (ou coordenação) mão-olho inigualável. Vale lembrar que Potência é uma qualidade física que depende basicamente de outras duas: Força e Velocidade."

Agora, após o combate:

Shogun resolveu todas as suas deficiências com relação ao cardio. Sobrou de condicionamento nessa luta. Em referência à potência dos golpes, sucedeu exatamente o que disse no comentário antes da luta, com a diferença de o Lyoto ter se apresentado mais lento dessa vez.

Preparação Psicológica

O que tinha comentado:


Nesse quesito os dois praticamente se igualam. Em diversas entrevistas que concedeu, Lyoto afirmou que, dentre outras técnicas de preparo psicológico ensinadas pelo seu pai, realiza Treinamento Mental ou Visualização (visualiza mentalmente o golpe, a sequência de golpes ou a luta num todo antes de entrar para competir). Em pesquisa realizada com atletas de Karatê, foi observado que a visualização do golpe antes de executá-lo, aumentava a velocidade desse golpe, quando comparado a realização dele sem o uso de Visualização prévia. Já Shogun, disse em entrevistas que ativa sentimento ideal para performance, ou seja, aproximando bons pensamentos, se imaginando já vitorioso, comemorando. Em estudos realizados com lutadores, verificou-se que os perdedores reportaram sentimento ou pensamento negativo antes do combate e isso afetou a maneira com que lutaram.

Agora, após o combate:

Mantenho exatamente o que disse. Os dois com alto grau de acomodação psicologica, ou seja, condição psicologica ideal para o alto rendimento, independente da presença de um psicólogo na equipe.

Leandro Paiva

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A Ciência aplicada às Artes Marciais: Lyoto Machida x Maurício Shogun

A Ciência aplicada às Artes Marciais: Lyoto Machida x Maurício Shogun.

Há poucas horas de um dos combates mais esperados do UFC 104, entre o baiano radicado no Pará, Lyoto Machida, e o curitibano Maurício Shogun, além dos tradicionais comentários de treinadores e atletas, referente à parte técnica da luta, o Prof. Leandro Paiva, autor do livro “Pronto Pra Guerra”, formulou sua opinião sobre o resultado desse combate, baseado na ciência aplicada às artes marciais. Segue a análise:

Em primeiro lugar, apesar de algumas explicações serem baseadas em aspectos técnicos, não vou realizar comentários referentes à parte técnica, pois creio que foge à proposta dessa análise. Em segundo, vou apresentar os dados baseados em estudos científicos prévios, análises estatísticas dos dois lutadores e da observação da maioria de suas lutas, mas não de toda carreira. No final, a escolha (ou adivinhação) de quem será o campeão caberá ao leitor, pois faltando poucas horas para o combate, o que menos desejo é tornar público qualquer tipo de análise que possa influenciar negativamente os córners ou os lutadores, caso leiam os dados. Só mais uma coisa: no final, tudo é muito subjetivo, pois o resultado de uma luta é influenciado por diversos fatores (psicológicos, alimentares, táticos, físicos, etc.). Além disso, não se pode traduzir um ser humano apenas por análises e números. De fato, o resultado mesmo só se sabe quando termina o combate. Até chegar essa hora, muita coisa pode ocorrer... Escolhi os seguintes tópicos para comparar os dois lutadores:

Estrutura técnico-tática


Analisando as lutas anteriores de Shogun, percebemos que ele pode ser classificado, por ordem de importância, como um lutador Striker (predominância de golpes traumáticos como socos, chutes, etc.); Grappler (predominância de técnicas de solo); Wrestler (técnicas de projeções). Já Machida, é um lutador Striker, Wrestler e Grappler. Ressalto que não há um estilo ou combinação de estilos que seja o diferencial. O que vale é o atleta: quantas ações realiza no combate e se são efetivas. Baseado nas estatísticas de lutas anteriores (fightmetric.com), nesse quesito, observamos que Lyoto está em melhor condição que Shogun.

Peso, idade e envergadura


Shogun costuma sofrer mais do que Lyoto para baixar o peso e a redução de massa corporal costuma influenciar negativamente a performance quando as lutas se prolongam para os últimos rounds, pois a perda de peso afeta parte da condição aeróbia do lutador; entretanto, aparentemente, se a perda não for grande e haver tempo suficiente entre a pesagem e a hora da luta (acima de 5 horas) pode não influenciar, principalmente, nos rounds iniciais. Lyoto tem 31 anos, enquanto Shogun tem 27 (faz 28 em novembro deste ano). Apesar de Lyoto já ter vencido lutadores mais jovens diversas vezes, nesse quesito, vantagem para Shogun: diversos estudos indicaram que atletas mais velhos tem mais dificuldade de recuperação dos treinamentos e lesões. Outra vantagem dele se preferir a luta na longa distância: Shogun tem mais envergadura que Lyoto (193 cm contra 188 cm de Machida).

Lateralidade


Aqui Lyoto leva vantagem: é canhoto (Lateralidade esquerda). Em diversos estudos realizados com elevado número de atletas de Judô e Boxe, verificou-se que os lutadores canhotos perdem os combates, em média, 50% menos do que os destros (Lateralidade direita). Este fato é atribuído às ações técnico-táticas imprevistas dos canhotos. Enquanto os lutadores canhotos frequentemente são acostumados a lutar com destros, o inverso não ocorre, pois somente de 8-15% da população em geral é “canhota”. Somado a isso, em outro estudo, observou-se que o deslocamento predominante no Octagon (8 lados) é diagonal e não em linhas retas como nos ringues (4 lados). Ao observarmos as lutas anteriores de Lyoto, verificamos que essa forma de deslocamento é amplamente utilizada por ele, que somado às suas ações do “lado” esquerdo, aumentam a imprevisibilidade de seu jogo. Shogun, possivelmente em função de sua transição dos ringues para o octagon ser mais recente, tende a realizar mais deslocamentos em linha. No entanto, uma de suas características mais ressaltadas pelos adversários e treinadores é a versatilidade, ou seja, a capacidade de se adaptar e modificar rapidamente sua sequência de golpes ou troca de posições.

Preparação Física


Aparentemente, pelo fato de retornar depois de longo período sem poder treinar adequadamente, Shogun apresentou falhas relacionadas ao componente cardio-respiratório. Passou a impressão de que após 7-8 minutos de luta, não consegue manter o mesmo ritmo que Lyoto costuma se apresentar e isso pode ser problema se ainda não corrigiu essa deficiência, no caso de a luta ultrapassar 3 rounds. Com relação à potência, podemos observar duas situações diferentes. Aparentemente, Shogun não é tão veloz que Lyoto; contudo é mais forte, tem mais Punch. Já Lyoto, compensa a diferença a menos de “pegada” com uma velocidade incrível e pontaria (ou coordenação) mão-olho inigualável. Vale lembrar que Potência é uma qualidade física que depende basicamente de outras duas: Força e Velocidade.

Preparação Psicológica


Nesse quesito os dois praticamente se igualam. Em diversas entrevistas que concedeu, Lyoto afirmou que, dentre outras técnicas de preparo psicológico ensinadas pelo seu pai, realiza Treinamento Mental ou Visualização (visualiza mentalmente o golpe, a sequência de golpes ou a luta num todo antes de entrar para competir). Em pesquisa realizada com atletas de Karatê, foi observado que a visualização do golpe antes de executá-lo, aumentava a velocidade desse golpe, quando comparado a realização dele sem o uso de Visualização prévia. Já Shogun, disse em entrevistas que ativa sentimento ideal para performance, ou seja, aproximando bons pensamentos, se imaginando já vitorioso, comemorando. Em estudos realizados com lutadores, verificou-se que os perdedores reportaram sentimento ou pensamento negativo antes do combate e isso afetou a maneira com que lutaram.

Leandro Paiva

Aumento de "pegada" Jiu-Jitsu

Como já citado em outros artigos deste blog, a Força de Preensão Manual é a denominação técnico-científica para o que popularmente conhecemos como "pegada". Além da força, é necessário que os exercícios realizados para desenvolver esta qualidade física, consigam solicitar os músculos que frequentemente são utilizados nos combates de Jiu-Jítsu, Submission Wrestling e MMA. Quando tem de realizar a pegada direto no corpo do adversário, não existe um ângulo-padrão quando a mão se fecha e, por isso, quanto mais ângulos forem utilizados, maior será a especificidade dos exercícios. No vídeo acima, além de conceitos básicos relacionados à anatomia da "pegada", é apresentado um acessório (Grapple Grip), que pode aumentar a especificidade dos exercícios de força para atletas de modalidade de combate.

Leandro Paiva

Quer descobrir mais exercícios para fortalecer a "pegada", além de quando e como utilizá-los? Saiba mais AQUI

Informação importante: Amigos leitores, em função de minha sobrecarga de trabalho, este blog não é atualizado diariamente e, sim, semanalmente. Portanto, adicione aos seus favoritos e acompanhe diariamente que, em algum dia da semana será atualizado. Prazo máximo para nova postagem (atualização): 7 dias.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Preparação Física jiu-jitsu

Treinamento com Saco de Potência Búlgaro

Esse tópico é curto, pois o vídeo que apresento, por si só é auto-explicativo. Dificilmente, algo prende, de fato, a minha atenção, de modo que possa recomendar, mesmo que não seja conclusivo na literatura científica. Pois bem, o treinamento realizado no vídeo deste artigo, é realizado pela seleção olímpica norte-americana de Wrestling (Luta Olímpica). É Baseado em exercícios realizados com um tipo de saco pesado, mais flexível que os sacos de Boxe e denominado, traduzindo para o Portugês de "Saco de Potência Búlgaro". Recomendo, complementando outros treinos, pois além de custo acessível, podendo facilmente ser fabricado, esse implemento simula bem a sobrecarga de segmentos corporais do adversário sobre o próprio corpo do lutador, apresentando boa especificidade. Sugiro a utilização com lutadores de Jiu-Jítsu, MMA, Submission Wrestling e Grappling.


Leandro Paiva


Quer aprender mais sobre outros exercícios e métodos de treino? Periodização: como dividi-los ao longo de dias, semanas e meses, para atingir o máximo de desempenho? Se a resposta for sim, não perca tempo, clique AQUI

Preparação Técnico-Tática no Jiu-Jitsu e MMA - Canhotos

Aproximadamente de 8 a 15% da população possui domínio de lateralidade esquerda (ou seja, são “canhotos”). Aparentemente, essa condição é mais comum em homens do que em mulheres. Além disso, estatisticamente, o irmão gêmeo de uma pessoa canhota tem 76% de chance de ser canhoto. Até o momento não existem explicações conclusivas sobre o fato de a maioria da população humana ser destra. Se sabe, por exemplo, que há apenas 26% de chance de seu filho ser canhoto, uma indicação de que a genética pode não ter um papel decisivo em determinar a lateralidade esquerda.

Desde os primórdios das batalhas corpo-a-corpo, os soldados eram treinados para se defenderem da grande maioria de seus adversários: os lutadores destros. Desse modo, com frequência os movimentos tornavam-se padrões. Se você é acostumado a lutar contra destros e obtêm vitórias, suas habilidades e reflexos estarão sempre voltados para combater um adversário destro. No entanto, combatentes canhotos eram verdadeiros “elementos-supresa” para os oponentes. Dentre outros, Alexandre, o Grande, considerado um dos generais mais brilhantes de todos os tempos... era canhoto!

Na atualidade, pesquisadores franceses defenderam uma tese de que os indivíduos com lateralidade esquerda, tiveram (e ainda têm) superioridade em batalhas. Para afirmar isso, basearam-se na análise de nove sociedades primitivas nos cinco continentes (e na prevalência de cidadãos canhotos nessas áreas, que tinham altos índices de assassinato). Concluíram o estudo revelando um fato curioso: os canhotos têm 27% de chance a mais de sobrevivência em situações de violência no mundo todo quando comparados aos destros.

Na antiguidade, os guerreiros seguravam suas armas com a mão direita, assim como 90% da população. Os soldados canhotos; entretanto, eram mais difíceis de serem derrotados, pois poucos combatentes tinham habilidades suficientes para lidar com a imprevisibilidade de suas ações.

Canhotos: vantagens nas Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate

Há muito tempo, no Boxe, já se reconhece as dificuldades de lutar contra adversários de lateralidade esquerda. Por exemplo, em 1947, Mike Collins (canhoto natural), saiu de seu canto em posição destra antes de mudar de repente para a esquerda e dar o primeiro e último soco do combate, derrubando seu adversário, Pat Brownson, em apenas 4 segundos de luta. Em estudo recente (Gursoy, 2009), 62 anos depois do fato descrito acima, foi verificado que a mesma vantagem continua ocorrendo pelo fato de o boxeador ser canhoto, obrigando os treinadores a ter de desenvolver treinamentos técnico-táticos específicos para que atletas destros consigam obter sucesso contra esses perigosos adversários. Nessa pesquisa, realizada com 22 boxeadores, verificou-se que os atletas canhotos, perderam, em média, 50% menos do que os destros. Os pesquisadores concluíram que os atletas canhotos nunca devem ser forçados a converter-se ao uso da mão direita e, em vez disso, deveriam ser apoiados, tanto verbalmente, em termos de equipamento e motivação, pois os dados obtidos revelaram que “ser canhoto” significava sucesso, especialmente no boxe. Podemos observar no vídeo-exemplo adiante, o temido boxeador canhoto Manny Pacquiao, apelidado nos Estados Unidos como “Mini Mike Tyson”.




No Mixed Martial Arts – MMA, a lista de lutadores canhotos bem-sucedidos é extensa. Dentre outros, destaque para: Lyoto Machida, Jens Pulver, Okami, Vitor Belfort, Rich Franklin, Takanori Gomi e Mirko Cro Cop. Quando um atleta de MMA destro enfrenta um canhoto, frequentemente, não está acostumado a lidar com a imprevisibilidade de suas ações. Entretanto, os canhotos têm costume de enfrentar adversários destros, incutindo por isso, vantagem competitiva tática. Recomenda-se, nesse caso, descobrir com antecedência quem será o adversário, para iniciar o quanto antes diversas simulações de treinamento (“sparrings”), preparando-se para todas as possíveis ações imprevistas. De fato, é outro tipo de preparação para a luta. Observamos no vídeo-exemplo adiante, pequena amostra da extensa gama de situações imprevistas, originadas pelo canhoto campeão do UFC, Lyoto Machida.




No livro “Pronto Pra Guerra”, dentre vários, apresento estudo realizado com elevado número de atletas de Judô, no qual foi verificado que, em lutas de projeção e de solo, também é vantagem competitiva o fato de ser canhoto. Os destros realizam os exercícios e golpes, em geral, na direção e/ou com o lado direito, e quando enfrentam alguém que luta com predominância do lado esquerdo, enfrentam dificuldades a ponto de neutralizar toda sua estratégia de luta. Um dos mais vitoriosos atletas brasileiros de Judô é canhoto: Tiago Camilo é octacampeão brasileiro, além de ter sido campeão pan-americano e mundial. Já no caso do Jiu-Jítsu, Submission e, mais recentemente, no MMA, o brasileiro Demian Maia que é canhoto – e campeão internacional nas três modalidades citadas –, costuma apresentar-se com bastante imprevisibilidade, criando verdadeiro “inferno” na vida de seus adversários (veja o vídeo-exemplo adiante).

Recomendo para atletas e treinadores de Jiu-Jítsu, MMA, Submission e Grappling que, assim como planejam os técnicos de Boxe, eventualmente (no caso de não ter em vista nenhum adversário canhoto) e "intensificadamente" (no caso de o adversário ser canhoto), realizem treinos técnico-táticos específicos atentando-se para as ações que os canhotos realizam, com atenção para duas questões: “quando?” e “de que forma?” eles as realizam nos combates competitivos. Se essas condições forem reproduzidas constantemente em situação de treinamento, será mais provável que não se tornem imprevistas nas competições.



Concluimos este longo artigo com a constatação de que, em competições onde o “lado” pode fazer toda a diferença, as vitórias dos canhotos podem ser creditadas também às suas condições. Além disso, outro fato poderia ser verificado: se a porcentagem do número de lutadores com condição de canhoto subisse, certamente a vantagem dos mesmos também subiria, proporcionalmente.

Leandro Paiva

Referência: Gursoy, R. Effects of left-or right-hand preference on the success of boxers in Turkey. British Journal of Sports Medicine, v.43, n.2, p.142-144, 2009.

Quer ter acesso a mais informações inéditas sobre preparação técnico-tática nas lutas? Veja mais, muito mais AQUI


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Revista Tatame: Jacaré e Rogério Camões “prontos pra guerra”

Foto: Erik Engelhart.

Há muito tempo, atletas, treinadores e profissionais relacionados direta ou indiretamente ao Jiu-Jítsu, MMA, Submission e Grappling, reclamavam da falta no mercado de literatura que informasse e os direcionasse para realizar corretamente a preparação física, psicológica, técnico-tática e alimentar. Após o lançamento do livro "Pronto Pra Guerra - Preparação Física Específica para Luta & Superação", as coisas tomaram outro rumo.

Bicampeão mundial de Jiu-Jitsu, Ronaldo Jacaré foi um dos atletas presentes na obra, sendo estudado pelo autor. “Cada hora vinha um e falava uma coisa de preparação física, outro de preparação psicológica, etc. Mas reunir tudo, com referências de estudos realizados no Brasil e o que há de melhor lá fora, é a primeira vez. Se o cara absorver pelo menos 30% do que está ali, fatalmente não sairá mais do pódio”, comentou Jacaré.

Outro que têm opinião formada sobre o livro é Rogerão Camões, preparador físico responsável pelo condicionamento de nomes como Anderson Silva, Jacaré, André Galvão e Rafael Feijão. “Esse trabalho está sendo um grande marco para o desenvolvimento do MMA. É pioneiro em transmitir ciência verdadeira, pois ciência sem prática é mera especulação e vice-versa”.

À convite da TATAME, o autor do livro preparou um artigo especialmente para a TATAME, falando sobre a importância da preparação física e como a acupuntura pode ajudar nos treinamentos do atleta. Clique aqui para ler o artigo e acesse Aqui para garantir uma edição do "Pronto Pra Guerra”.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lutadores são mais atraentes para as mulheres?

Ricardo Arona.

Um estudo polêmico foi publicado recentemente, alertando para o fato de que ser lutador aumenta o prestígio do indivíduo e, consequentemente, atrai mais o sexo oposto. Para afirmar isso, os pequisadores estudaram lutadores africanos, pois sofriam menos interferências externas competitivas que poderiam influenciar a escolha feminina. Além disso, havia a possibilidade de correlacionar esse fato com o número de mulheres e filhos, pois no país onde realizaram a pesquisa, o indivíduo podia ser casado com quantas mulheres conquistasse (poligamia).

Poligamia: Casamento na África do Sul



Em outros estudos, foi verificado que homens mais ricos são mais propensos a ser poligâmicos e ter mais filhos. A importância do status sócio-econômico para o acesso aos companheiros já foi observado em muitas sociedades tradicionais e industrializadas. No entanto, esse estudo foi o primeiro a mostrar que lutadores tinham muito mais filhos do que outros homens. Os pesquisadores observaram também, que há uma correlação positiva em ser atleta de modalidade de combate e possuir melhor aptidão física e estética, com efeitos diretos sobre o sucesso reprodutivo. Também verificaram que a proporção de lutadores, em geral, na população masculina era baixa. Atribuíram esse fato ao alto custo envolvido para tornar-se atleta de elite: investimento de tempo, dinheiro e saúde. Além disso, há também um custo social relevante (por exemplo, o da derrota).


Concluíram o estudo afirmando que a prática de lutas poderia representar um sinal de qualidade utilizado pelas fêmeas (ou seus pais) ao escolher seus parceiros de acasalamento. A via biológica ou social responsável por esses padrões de acasalamento ainda precisa ser melhor explicada. Havia um efeito adicional de prestígio pelo fato de ser lutador, facilitando o acesso às amizades e às mulheres. O número de mulheres pareceu ser o principal fator que leva a um aumento do número de crianças, sugerindo que o "prestígio" poderia fornecer um maior acesso às parceiras reprodutivas. O elevado número de crianças descendendo diretamente dos lutadores, foi em função principalmente do maior número de esposas quando comparados a indivíduos relacionados a outras atividades profissionais. Além disso, os resultados das entrevistas das mulheres daquele país revelou que, em suas preferências, a capacidade de luta e riqueza eram critérios importantes para a escolha do marido. Outra possível explicação apresentada pelos pesquisadores para o sucesso no acasalamento pelo fato de ser lutador, é que a seleção pode não estar agindo por meio de escolhas femininas, mas sim pela competição entre os machos: o prestígio adquirido pelos lutadores pode dissuadir outros homens de concorrer pela mesma fêmea.

Leandro Paiva

Referência: V. LLAURENS, M. RAYMOND & C. FAURIE. Ritual fights and male reproductive success in a human population. Journal of Evolutionary Biology, v.22, n.9, p.1854-1859, 2009.

Quer descobrir mais curiosidades sobre lutadores, respaldadas por estudos científicos? Se a resposta for sim, clique AQUI

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domingo, 18 de outubro de 2009

Preparação Física Mixed Martial Arts MMA

Um dos raríssimos estudos realizados com atletas de MMA, foi concebido por Amtmann et al. (2008) em território norte-americano. Os atletas estavam se preparando para um evento de Mixed Martial Arts e, dentre outros objetivos, os pesquisadores queriam descobrir se o treinamento que eles empregariam seria condizente com a realidade que seu organismo enfrentaria (exigências metabólicas) em situação competitiva. O objetivo do treinamento de condicionamento para esses atletas, era criar um ambiente similar à exigência que seria observada durante o combate real. Portanto, o treinamento seria considerado bem-sucedido se os valores de lactato sanguíneo durante o treinamento excedessem os valores obtidos imediatamente após a competição.

Para as avaliações, utilizaram um aparelho (lactímetro) para comparar o lactato sanguíneo dos lutadores antes e após as atividades, para depois comparar esses resultados com as avaliações realizadas no dia da competição (ou evento). Ainda hoje, apesar de controversa, é bem aceita a análise de lactato sanguíneo para estimar o grau de intensidade gerado pela atividade física.

O treinamento consistiu de três grupos de exercícios:

Grupo de exercícios 1:
Exercícios "específicos" de MMA (Sombra de Boxe, Esgrima de Wrestling, etc.), conjugados com exercícios de preparação física como tração na barra fixa ("barra de praia"), flexões de cotovelo (ou de "braço"), flexões de pescoço, agachamento com salto, etc. Para melhor compreensão, sugiro observar o vídeo-exemplo adiante:


Grupo de exercícios 2:
Sparrings de MMA - Dois rounds de 4 minutos cada, com um 1 minuto de descanso entre os rounds. Para melhor compreensão, sugiro observar o vídeo-exemplo adiante:



Grupo de exercícios 3
: pedalar em um ciclo ergômetro por 20 segundos com o máximo de intensidade, seguido de 10 segundos de intensidade submáxima, num total de oito repetições ou 4 minutos de trabalho. Apesar de não ser exatamente igual, para melhor compreensão, sugiro observar o vídeo-exemplo adiante, realizado com um atleta de Taekwondo:


Resultado e Conclusão

Dos 4 indivíduos que foram estimados os valores de lactato sanguíneo, antes e após os treinamentos, 3 obtiveram níveis de lactato durante o treinamento que excederam os níveis de lactato verificados imediatamente após a competição. Esta diferença sugeriu que, ao utilizar medidas de lactato como referência, os exercícios e métodos empregados no treinamento foram eficazes para esses 3 atletas. Esses resultados indicaram que os três grupos de exercícios podem simular as demandas metabólicas do esporte, sugerindo aos atletas e treinadores de MMA que o treinamento proposto nos três grupos de exercícios pode ser eficaz e deve ser incorporado, adaptando-se às individualidades do lutador.

Leandro Paiva

Referência: Amtmann et al. Lactate and rate of perceived exertion responses of athletes training for and competing in a mixed martial arts event. Journal of Strength and Conditioning, v.22, n.2, p.645-647, 2008.

Quer descobrir mais informações obtidas desse estudo? Aplicações práticas? Clique Aqui, pois está tudo lá!

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segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Suplementação no Jiu-Jitsu e MMA: Bicarbonato

Ao assistir o vídeo abaixo do pugilista filipino Manny Pacquiao, impressiona sua velocidade e força. Além disso, é de se respeitar não só a potência dos seus socos, como a consistência em que são efetivados (mesmo ritmo durante todo o vídeo), demonstrando elevado grau de resistência muscular para sustentar potentes socos, praticamente sem interrupções durante esse período. Em disputas nas quais se prolonga até o décimo segundo round, ele chega a empregar mais de mil socos com elevada intensidade, praticamente, do início ao fim. Manny Pacquiao faz juz ao seu curriculum: foi o único boxeador asiático a ganhar cinco títulos mundiais em cinco categorias de peso diferentes!!!!

Baseado nesse vídeo lembrei de uma pergunta que, constantemente, atletas, preparadores físicos e treinadores de Jiu-Jítsu, MMA, Grappling e Submission me fazem: em vez de doping, existe algum suplemento ou substância que não seja considerada doping, mas que possa melhorar efetivamente o rendimento do atleta?

Respondo: alguns indícios sugerem que algumas, bem poucas, sim. Uma delas é o Bicarbonato de Sódio que deve ser utilizada com bastante água, para prevenir problemas estomacais decorrentes de seu uso. Por isso, o mais recomendado é uma formulação parecida que consiste de Citrato de Sódio no lugar do Bicarbonato de Sódio. Informações completas sobre a forma certa de se utilizar, são encontradas Aqui.

Em estudo recente (Siegler, J.; Hirscher, K., 2009), conduzido com dez boxeadores, foi verificado se o rendimento do grupo que ingeria Bicarbonato de Sódio seria superior ao de outro grupo que ingeria sal de cozinha (placebo). Ambas substâncias eram bebidas diluidas em liquidos hidratantes similares ao Gatorade. Após quatro rounds de 3 minutos de luta cada, com um minuto de descanso (sentado), no intervalo entre eles, foi observado que os lutadores que ingeriram Bicarbonato (0,3 gramas por kg de peso corporal) foram bem mais efetivos no combate, ou seja, conseguiram atingir o companheiro de treino com maior número de socos que geravam pontuação. O objetivo de se utilizar o Bicarbonato de Sódio é "neutralizar" o aparecimento de acidez muscular e/ou sanguínea ("sensação de queimação ou enrijecimento da musculatura") e, desse modo, retardar a fadiga. Vale salientar que, apesar de estudos promissores como esse, a literatura científica ainda não é conclusiva quanto a utilização de Bicarbonato ou Citrato de Sódio.

Leandro Paiva

Referência: Siegler, J.; Hirscher, K. Sodium Bicarbonate Ingestion and Boxing Performance. The Journal of Strength & Conditioning Research, v.23, n.4, 2009.

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sábado, 10 de outubro de 2009

Ronaldo Jacaré, Rafael Feijão, Distak, Camões - Lançamento do livro no Rio de Janeiro

À pedidos, os Slides do lançamento oficial no Rio de Janeiro do livro Pronto Pra Guerra - Preparação Física Específica para Luta & Superação. Presença da familia Arona, familia Paiva, Jacaré, Rogerão Camões, Distak, Rafael Feijão, Revista Tatame (Erik), Ring girls, Fabrício Boscolo Del Vecchio (maior pesquisador brasileiro de modalidades de combate - Unicamp), dentre outros...

Leandro Paiva

Vamos repetir o mesmo sucesso em Manaus. Entrada liberada. Conto com a presença de todos. Aproveitando, convido aos leitores que estiverem no Estado do Amazonas e desejarem ir ao lançamento, que vejam as informações sobre data, hora e local Aqui

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Preparação Física Jiu-Jitsu: Musculação

Qualidade física essencial para lutadores de Jiu-Jítsu, Submission Wrestling, Grappling e Mixed Martial Arts é a popular força de "pegada", que é a capacidade de o atleta manter preensão no quimono do adversário (Jiu-Jítsu) ou em alguma parte do corpo (Submission, Grappling e MMA). A denominação correta para essa qualidade ("pegada"), por meio de sua medida absoluta (1 Repetição Máxima) é "Força Isométrica de Preensão Manual". Quando medida repetitivamente, ou seja, várias preensões seguidas, com intervalo de descanso curto entre elas, pode ser denominada como "Resistência de Força Isométrica de Preensão Manual". Ambas podem ser estimadas na avaliação física utilizando-se um instrumento denominado Dinamômetro Manual. Muito se comenta e questiona sobre a utilidade do Treinamento de Força ("musculação"), assim como no vídeo-exemplo adiante (orientação de hipertrofia), para desenvolver essas valências em lutadores.



Um estudo (Valente & Melgaço, 2008) foi realizado para verificar se atletas de Jiu-Jítsu com mesma massa corporal e altura, mas que praticavam musculação complementando os treinos técnicos (com orientação de hipertrofia), teriam mais força na "pegada" que os lutadores que não praticavam essa atividade física. Os autores observaram que não houve diferença na força de "pegada", medida por um dinamômetro manual, entre os que praticavam e não praticavam musculação. Esse achado sugere que, apesar da relevância no intuito de profilaxia (prevenção de lesões), o treino usual de musculação observado nas academias NÃO SERÁ SUFICIENTE para preencher as necessidades dos lutadores, principalmente para os que se encontram no alto rendimento (grupo de elite e "superelite"). Sugiro a utilização de meios e métodos eficazes e alternativos para melhorar a "pegada" de lutadores AQUI

Leandro Paiva


Referência: Valente, D.; Melgaço, A. Estudo comparativo da força de preensão manual em atletas de jiu-jitsu praticantes e não praticantes de musculação. Motriz, v.14, n.2(Supl.), p.S38, 2008.


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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Preparação Física Mixed Martial Arts MMA

Me perguntam muito sobre a utilidade dos elásticos no trabalho de preparação física de lutadores. Para mim, é essencial, desde que sejam respeitadas algumas considerações. Por exemplo, já se sabe por meio de estudo (Jakubiak et al., 2008) que a utilização de elásticos contrários ao movimento pode aumentar a velocidade dos chutes em até 7%. Veja exemplo de exercício no vídeo abaixo:



Entretando, apesar da melhora na potência (Força e Velocidade), a principal consideração no treinamento de golpes com elásticos é que devem ser utilizados também a favor do movimento (veja o vídeo-exemplo adiante). No caso de socos e chutes, dentre outros golpes, a utilização de elásticos a favor do movimento, facilita o gesto e a velocidade de execução. Desse modo, serão evitadas mudanças na técnica original do golpe.





Leandro Paiva

Referência: Jakubiak et al. The Feasibility and Efficacy of Elastic Resistance Training for Improving the Velocity of the Olympic Taekwondo Turning Kick. Journal of Strength and Conditioning Research, v.22, n.4, p.1194-1197, 2008.


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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Comparação do homem primitivo com os lutadores atuais



Homo Sapiens.

Com intuito de sobrevivência, crescimento e reprodução, o homem primitivo influenciou a história da vida humana, lançando mão de diversas estratégias para isso. Em artigo recente (Graves, 2009), foi apresentada uma tese no mínimo curiosa. Nele, o autor alertou para a importância na história evolutiva de o homem engajar-se em eventos competitivos para obter melhor acesso as fêmeas, sendo essa estratégia, relevante forma de investimento para conseguir sexo e reproduzir-se. Baseado nisso, afirmou que as características físicas que poderiam auxiliá-lo nesse processo devem ter sido influenciadas por aptidões individuais ao longo da vida. Para testar sua teoria, comparou as idades em que os humanos (Homo sapiens) machos apresentavam maior crescimento de fatores morfológicos (peso, altura, etc.), comportamentais (agressividade, etc.) e fisiológicos (hormônios, etc.) associados à eventos competitivos entre eles, com a análise das idades em que o homem moderno consegue atingir o auge nas modalidades de combate. Observou que a idade (em média) para se tornar campeão mundial de Boxe é entre os 20 e 30 anos, mantendo os títulos em média por 2 anos. Assim, o período em que há amadurecimento das características físicas, que aumentariam a capacidade competitiva dos boxeadores modernos parece coincidir com as mesmas idades em que os machos primitivos tinham maior sucesso reprodutivo.

Leandro Paiva

Referência: Graves, B. Ritualized combat as an indicator of intrasexual selection effects on male life history evolution. American Journal of Human Biology, 2009.

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sábado, 3 de outubro de 2009

Preparação Física Jiu-Jitsu e MMA: Acupuntura


No Mixed Martial Arts – MMA e no Jiu-Jítsu observamos constantemente a busca dos atletas, técnicos e preparadores por métodos complementares de treinamento com intuito de maximizar em curto prazo o rendimento dos atletas. Baseados nisso, surge em diversos indivíduos os seguintes questionamentos: Snorkel para atletas de MMA? Plataforma vibratória? Kettlebell? Funcionam? Como utilizar? Bom, dependendo de como e quando for utilizado, alguns desses meios e métodos podem realmente ser muito úteis COMPLEMENTANDO o trabalho de preparação física, enquanto outros são bem questionáveis por não haver nada conclusivo na literatura científica que respalde sua utilização. Portanto, pode ser que não resulte em nada, além de perda de dinheiro e tempo. Na melhor das hipóteses, o resultado se igualar a outros meios e métodos já existentes, não sendo de fato, nenhum diferencial. Para jogar luz à discussão, baseamo-nos em um artigo recente realizado com boxeadores de elite, que reforça a tese de que um método milenar e, relativamente fácil de ser encontrado no Brasil e no exterior, além de custo bem razoável, pode REALMENTE ser útil na preparação física de lutadores: a Acupuntura (e métodos similares baseados em seus princípios).


Diferente dos mais tradicionais centros de Medicina Esportiva e Treinamento Desportivo do Ocidente, na China, localizada no Oriente, não houve abandono em definitivo de seus conhecimentos milenares (Medicina Tradicional Chinesa). No entanto, atualmente, a tendência por lá é unir os resultados dos estudos realizados em universidades ocidentais (Estados Unidos, Inglaterra, França, etc.), com os estudos realizados nos países do antigo Bloco Comunista (Rússia, Romênia, Alemanha Oriental, etc.) e somar com pesquisas recentes realizados em seu País, para verificar a influência de métodos milenares no rendimento de atletas de elite. Não é a toa que a China ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas nos Jogos Olímpicos de 2008. Claro que teve a vantagem de ser o País-Sede, mas, seguramente, só isso não seria suficiente para produzir um exército nunca visto antes de atletas de "superelite" (primeiro lugares em quase todas as provas em que participaram).


Similar ao MMA e mesmo ao Jiu-Jítsu, no Boxe, exige-se condicionamento cardio-respiratório elevado, velocidade, flexibilidade, força muscular e aptidão anaeróbia para manutenção de intenso esforço físico durante todo o combate, além de controle de peso, abrangendo a classificação do atleta por categorias de peso. Desse modo, deve haver equilibrio entre a capacidade técnica, física e a saúde geral do atleta. Quando o aparelho cardio-respiratório é eficiente, com gasto de energia adequado e sistema de lactato sanguíneo otimizado para suprir o lutador (apesar de controvérsias...), este pode demonstrar todo seu potencial e desempenho. Dentre todas as qualidades físicas citadas, a eficiência máxima do aparelho cardio-respiratório é o elemento absoluto para atletas em quase todos os tipos de esportes. O VO2 máx. (ou Potência Aeróbia Máxima) é um indicador fundamental para avaliar a aptidão cardiovascular e é um dos elementos críticos para o sucesso em diversas modalidades. Já a acupuntura auricular, é um método de diagnóstico e tratamento, cujo objetivo é normalizar as disfunções do corpo por estimulação de pontos definidos na orelha. Em estudos prévios foi verificado a eficácia da acupuntura na orelha, principalmente no tratamento da dor aguda ou crônica e no tratamento da ansiedade.


No estudo (Lin et al., 2009) mais recente utilizado para se confirmar a hipótese de que a acupuntura poderia melhorar o rendimento de boxeadores, os pesquisadores tinham o intuito de verificar se poderia diminuir a freqüência cardíaca dos atletas em repouso, aumentar o consumo de oxigênio e acelerar a excreção pós-exercício de metabólitos no sangue, acelerando a recuperação. Desse modo, além de investigar os efeitos da acupuntura auricular em lutadores, os pesquisadores desejavam desenvolver métodos eficazes para ajudar os atletas a se recuperarem rapidamente após os treinamentos e competições. Assim, trinta boxeadores foram divididos em três grupos:

Grupo 1 = 10 atletas (estimulação auricular – não foram utilizadas agulhas e sim compressão com fita adesiva e pequenas esferas de metal “imantadas” nos mesmos pontos utilizados na acupuntura com agulhas – Obs.: Nas 2 orelhas);

Grupo 2 = 10 atletas (acupuntura auricular – foram utilizadas agulhas nos pontos de acupuntura – Obs.: Nas 2 orelhas);

Grupo 3 = 10 atletas (grupo controle – foi utilizado compressão apenas com fita adesiva – Obs.: Nas 2 orelhas).

Os principais pontos de acupuntura estimulados na orelha, dentre outros, foram os correspondentes ao coração, pulmão, fígado e ao sistema endócrino (“hormonal”). Os pontos eram estimulados 30 minutos antes do exercício escolhido para o teste (corrida na esteira com incremento na velocidade a cada 2 minutos até completa exaustão do lutador).

A potência aeróbia (VO2 máx.) verificada no Grupo 1 foi significativamente superior a dos Grupos 2 e 3. Os pesquisadores afirmaram por meio desse achado, que a acupuntura auricular pela estimulação dos pontos (sem agulhas) poderia significativamente aumentar a recuperação após o exercício e aumentar a captação de oxigênio. Verificou-se que o uso dos princípios da Acupuntura Auricular ajudou a melhorar a capacidade de recuperação dos atletas de elite do Boxe. Concluíram o estudo, alertanto que a estimulação auricular poderia potencialmente aumentar a capacidade aeróbia dos atletas, e, consequentemente a capacidade do atleta em sustentar esforços intensos por mais de 2 minutos (fato comum a atletas de Jiu-Jítsu, MMA, Submission e Grappling). Além disso, foram observadas diferenças significativas na temperatura corporal dos atletas antes e após a estimulação auricular, sugerindo influência física positiva sobre o estado de prontidão para o combate iminente. Em suma, esse estudo demonstrou que, além de melhorar a função dos elementos necessários para o alto rendimento de lutadores, a estimulação dos pontos de acupuntura auricular antes do exercício também diminuiu o tempo de aquecimento necessário para os atletas, além de efeitos positivos significativos sobre o consumo máximo de oxigênio. Recomendaram utilizar a estimulação auricular nas três fases do planejamento competitivo do atleta: adaptação (ou fase geral – “longe da competição”), treinamento (ou fase especial – “mais próxima da competição”) e competição (ou fase competitiva – “as 2-3 semanas que antecedem o dia da competição”).


Leandro Paiva


Referência: Lin et al. Effect of auricular acupuncture on oxygen consumption of boxing athletes. Chinese Medical Journal, v.122, n.15, p.1743-1748, 2009.


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