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Criar um Slick Auto -Playing Destaque Slider conteúdo Por: Chris Coyier em 2008/08/18 Eu amo o Coda Slider plugin para jQuery. Eu usei-o recentemente para construir um par de abas "widgets" . Um aqui em CSS- Tricks na barra lateral para mostrar Script & Style Links , Posts em Destaque e Popular Posts . Apenas um tipo de uma forma divertida de mostrar muito conteúdo em uma área pequena . Também é usado em um artigo para NETTUTS para um propósito semelhante . Ambos os exemplos usam o Coda Slider muito bonito "out of the box ". Claro que o projeto foi fortemente alterada para se ajustar o emprego, mas a funcionalidade em si não foi alterada de forma alguma. Recentemente, tive o chamado para construir uma "zona de conteúdo apresentado ". O Coda Slider caber a factura quase perfeitamente , mas precisava de uma cirurgia funcionalidade pouco a fazer o que eu queria fazer. Um agradecimento especial a Benjamin Sterling por me ajudar e descobrir alguns truques para mim. Ver Demo Download de Arquivos Funcionalidade Checklist Como eu disse, o Slider Coda foi de 90% já existe. Há uma área de conteúdo principal (painéis, Se quiser ), que desliza da esquerda para a direita , cada um com conteúdo exclusivo diferentes. Há geralmente um número definido de painéis, mas o código é escrito de tal forma que a adição ou remoção de painéis de dor não é enorme. Há links que funcionam como navegação para saltar rapidamente para qualquer painel especial . Estas ligações podem ser qualquer coisa (hiperlink de texto, miniaturas , etc) e um link para um único valor hash URL ( cada painel tem uma URL única , se necessário) . Coda Slider proporciona tudo isso fora da caixa . Aqui está o que precisamos , além disso: •Diferentes tipos de conteúdo personalizado em painéis. Nós já podemos colocar o que nós queremos nos painéis , mas para torná-lo mais fácil para nós, haverá um par de diferentes formatos pronto para ir. A principal delas é uma imagem do tamanho de todo o painel , mas com um texto sobreposto . FEITO . •Auto- play . Você ainda pode clicar nas imagens para ir para qualquer painel , mas deixou em si mesmo, o cursor vai ciclo lentamente através dos painéis . Adicionado, veja abaixo. •indicador de seta. Para servir como uma indicação visual do painel que você está vendo , uma pequena seta acima irá mostrar a miniatura apontando para o painel. INCLUIDO. Vamos percorrer o HTML , CSS e JavaScript. O HTML Aqui está o HTML quadro apenas para o controle deslizante se : class="slider-wrap"> class="panelContainer"> class="wrapper"> temp class="photo-meta-data"> Kaustav Bhattacharya
"Free Tibet " Protesto no Rally da Tocha Olímpica class="panel"
class="wrapper"> class="panel"
class="wrapper"> scotch egg

Como cozinhar um ovo Scotch
  • 6 ovos cozidos, bem refrigerado ( i tentar cozinhá-los para apenas uma etapa soft passado fervida , em seguida, colá-los na parte mais fria da geladeira para firmar acima ) < / li>
  • £ 1 salsicha de carne de boa qualidade ( carne de peru que eu usava o solo, temperado com sálvia, pimenta branca , sal e um pouquinho de xarope de bordo ) < / li>
  • 1 / 2 xícara de farinha AP
  • 1-2 ovos batidos
  • 3 / 4 xícara migalhas de pão panko -style
  • óleo vegetal para fritar class="panel"
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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Preparação Física Ricardo Arona

No livro Pronto Pra Guerra, apresentei boa parte dos meios e métodos utilizados pelo atleta Ricardo Arona. Além disso, informações nunca antes reveladas de sua biografia pessoal e profissional. Nesse artigo, apresento material audiovisual inédito com ele realizando treinamento de escala indoor para aumentar a pegada no Jiu-Jítsu e MMA.

Leandro Paiva

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Gatas do MMA

Bom, pode ter até quem não goste; contudo, como sou filho de Deus e percebi que o blog está precisando dar um presentinho para os leitores, aí vai: seleção das Top Ring Girls dos maiores eventos norte-americanos. Aprecie com moderação. ;-)

Leandro Paiva


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Rickson Gracie: aumento "pegada" Jiu-Jitsu e MMA

Vídeo clássico com Rickson Gracie, no qual apresenta diversos exercícios utilizados para fortalecer a pegada nas lutas (força de preensão manual). Além disso, também demonstra alguns exercícios para equilíbrio estático, alongamento e relaxamento. Material raro e interessante.

Leandro Paiva


Observação: No livro
Pronto Pra Guerra, apresento dezenas de exercícios para fortalecer a "pegada" ou desenvolvimento de força de preensão manual. Além disso, são explicadas em detalhes as metodologias mais adequadas para realização desses exercícios.


Armas nas artes marciais

Material audiovisual em documentário sobre a combinação de golpes e o uso de armas alternadamente. Vale salientar que é bem aceita na comunidade científica a concepção de que "Artes Marciais" se refere especificamente às técnicas de combate utilizadas em guerra e/ou incorporada por forças militares com intuito de resguardar a soberania de alguma comunidade ou país. Em geral, é considerada prática cultural fortemente vinculada ao regionalismo. Concepção bem diferente do conceito de Lutas, Modalidades de Combate, Brigas e Guerra. No futuro, escreverei artigo apresentando as distinções entre todas essas concepções.

Leandro Paiva












quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sobre o Livro Pronto Pra Guerra



Enfim, depois de quase 1 mês sem repor, a OMP Editora informou que a partir de amanhã será disponibilizado o último lote da primeira edição do livro Pronto Pra Guerra. Aos interessados, sugiro literalmente se apressarem, pois segundo eles, é esperada a venda de mais de 50% desse lote nos próximos dias.

Outra informação útil que nos forneceram é que os leitores que comprarem o livro por boleto bancário ou depósito devem enviar o comprovante de pagamento para o fax (92) 3213-9222 ou escaneado para o e-mail da editora: ompeditora@ompeditora.com.br. Desse modo, será agilizado o envio.

Ainda, informaram que os clientes que comprarem com cartão de crédito ou transferência via Banco do Brasil o despacho é automático, não havendo necessidade de enviar o comprovante.

Leandro Paiva

Lutar reduz ou eleva pressão arterial?



Muitas vezes, após combates intensos, os lutadores apresentam rubor facial (rosto avermelhado), sensação de cansaço e fraqueza. Com exceção de situações "naturais" em que isso pode ocorrer como, por exemplo, má nutrição, sempre se especulou que lutar "aumentava a pressão arterial" dos atletas.

Um estudo foi realizado com intuito de verificar se a luta tem efeito hipertensivo ("aumenta pressão arterial") ou hipotensivo ("reduz pressão arterial"). Foram voluntários 12 lutadores hipertensos, submetidos a uma sessão de treinamento de 60 minutos.

Os pesquisadores não verificaram diferenças significativas na pressão arterial dos atletas após a sessão de 60 minutos comparados com os valores de repouso. No entanto, observaram que havia tendência para redução da pressão arterial (efeito hipotensivo), embora não tenha sido tão significativa.

Leandro Paiva

Referência:

Simão, R.; Deus, J.; Miranda, F.; Lemos, A.; Baptista, L.; Novaes, J. Efecto hipotensivo en hipertensos tras una clase de judo. Fitness and Performance Journal, v.6 , n.2, p.116-20, 2007.

Preparação Física de Vitor Belfort



Material audiovisual com exercícios de potência e potência-resistência realizados pelo atleta Vitor Belfort. Boa parte desses exercícios são classificados no método denominado de Treinamento Funcional, já relatado em outro artigo neste blog, com Minotauro, Minotouro e Feijão. Também já havia realizado comentário sobre o método em outro artigo com Sylvester Stallone. A vantagem é a grande especificidade de boa parte dos exercícios.

Leandro Paiva

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Capoeira nas Olimpíadas?


Qual a possibilidade de a Capoeira ingressar nos Jogos Olimpícos de 2016? Em resposta a um e-mail que recebi hoje de um Mestre de Capoeira do interior da Bahia (Mestre Lago), fui atrás e achei um artigo no qual a autora apresentava suas considerações acerca desse tema.

Leandro Paiva


CAPOEIRA, DESPORTIVIZAÇÃO, OLIMPÍADA E OLIMPISMO: OS DISCURSOS DE SEUS INTERVENIENTES

Autora: Ana Rosa Fachardo Jaqueira (Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física – Universidade de Coimbra – Portugal)

O processo de desportivização da Capoeira é um fenômeno recente, e a sua afirmação enquanto modalidade desportiva de luta ainda é imatura, tanto pelo formato de seus regulamentos técnicos quanto pela inexpressiva atuação dos intervenientes humanos na questão desportiva. Todavia, os discursos dos principais protagonistas do meio desportivo capoeirístico considera fundamental, desde a data da oficialização da sua faceta desportiva, a consecução da sua afirmação olímpica no contexto internacional.

No cenário nacional e a partir da consolidação do órgão dirigente desta modalidade, constatamos a ocorrência do reconhecimento da Capoeira como modalidade desportiva pelo Comitê Olímpico Brasileiro, fato este aproveitado no período por sua classe dirigente, com vistas à preservação do poder através do aliciamento dos praticantes através de discursos falaciosos de introdução da Capoeira nos Jogos Olímpícos.

Neste ensaio, buscamos evidenciar o quadro geral da organização desportiva da Capoeira a nível nacional e internacional, suas fragilidades, conflitos e deficiências estruturais enquanto modalidade agonística de luta, os quais não permitiriam segundo as exigências do Comitê Olímpico Internacional, que esta fosse catapultada a desporto de competição olímpico.

Desta forma, buscou-se confrontar a realidade do desporto de identidade nacional Capoeira e a sua pretensão olímpica, baseando-nos na análise do seu processo de desportivização, na lógica interna da modalidade representada por seus regulamentos através dos tempos, e nas exigências legais para o efeito.

O método usado foi o de caráter etnográfico, sendo desenvolvido através de multimetodologias, em que se destacam a análise bibliográfica e documental (cartas, decretos, leis, jornais, revistas, folhetos, estatutos, regulamentos, modelos de fichas de inscrição, apostilas de formação, relatórios, projetos, atas de reuniões e documentos pessoais de envolvidos diretamente no processo), análise de conteúdo e consequentes categorizações temáticas, e a realização de entrevistas com dirigentes federativos da modalidade na altura dos fatos, e com antigos dirigentes que estiverem na luta pela autonomização desportiva da Capoeira.

Das análises efectuadas, concluímos, fundamentalmente, que o desenvolvimento desportivo da Capoeira com via ao seu enquadramento como prática agonística de luta, encontra-se defasado, estaganado e cristalizado num modelo anacrónico que em nada contribuiu para a consideração da possibilidade do seu reconhecimento como desporto olímpico pelo Comitê Olímpico Internacional.

Wallid Ismail

No livro Pronto Pra Guerra, apresentei diversas informações sobre aspectos socioeconômicos relacionados ao Jiu-Jítsu e MMA. Nessas modalidades, um atleta amazonense, Wallid Ismail, constituiu adendos. Sua história de ascenção, glória e vitórias em sua vida pessoal e profissional é tão louvável quanto polêmica. Por isso, nada mais justo do que se ater às próprias reflexões baseadas na observação do primeiro documentário realizado sobre ele.

Leandro Paiva





Observação: o documentário foi dividido em 2 partes mesmo. Não foram 3.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Crianças nas lutas, artes marciais e modalidades de combate

Material audiovisual realizado pela produção do programa Fantástico da Rede Globo. Participação do professor de Muay Thai e MMA, Arthur Mariano, dentre outros. Bem interessante.

Leandro Paiva


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

MMA: Evidências sobre Força x Velocidade (Potência)



Um artigo sobre Mixed Martial Arts – MMA acaba de ser publicado e o resumo original (em Inglês) foi enviado para este Blog pelo querido amigo Fabrício Boscolo Del Vecchio.

Nele, os pesquisadores versaram sobre o paradoxo da contração muscular em referência à velocidade e força de ataque, simultaneamente, ou seja, potência dos golpes. De fato, ocorre o seguinte: quando o músculo se contrai, aumenta sua força e rigidez. Essa força gera um movimento mais rápido; contudo, a rigidez correspondente retarda a velocidade do golpe.

Sob esse contexto, o objetivo do estudo foi investigar o processo de como essa força em situação de velocidade (potência) é realizada. Cinco atletas de elite de artes marciais mistas (MMA ou Vale-Tudo) foram recrutados, pelo fato de eles, dentre os requisitos da modalidade, terem de desenvolver força de ataque (ou de partida) muito rápida. A ativação muscular foi verificada por meio de eletromiografia e captação de movimentos em imagens formato 3-D.

Boa diversidade de golpes traumáticos foi realizada pelos atletas. Observou-se que em muitos dos ataques, nos quais ocorre intenção de gerar movimento rápido, termina com força muito grande, impressionante, demonstrando pico "duplo" da atividade muscular.

Um pico inicial foi cronometrado com o início do movimento que, presumivelmente, aumentava a rigidez e estabilidade por intermédio do corpo antes do movimento. Ele surgiu “criando” massa inercial na região central do corpo (CORE – abdômen, quadris, região lombar, etc.). Então, alguns músculos foram submetidos a uma fase de relaxamento enquanto a velocidade do movimento dos membros aumentava.

Um segundo pico foi observado em contato com um suposto adversário (na pesquisa, em vez de um voluntário, disponibilizaram um saco pesado de Boxe para “receber” os golpes). Postulou-se que esse pico aumentava a rigidez muscular por meio das articulações, resultando em maior massa efetiva em função dos golpes e, provavelmente, gerava mais força nessas técnicas traumáticas. Vale lembrar que, assim como Potência é uma valência física resultante de Força x Velocidade; Força é resultante de Massa x Aceleração.

Concluíram afirmando ser relevante em referência aos golpes realizados com força e velocidade (potência), não só considerar os músculos implicados na contração muscular desses golpes (denominados na literatura científica de “agonistas”), como os músculos procedentes em alto “grau” de relaxamento muscular durante a realização dessas técnicas (denominados na literatura científica de “antagonistas”).

Esse achado sugere que, no treinamento de potência muscular (elásticos, pesos, halteres, etc.) específico para luta, devam ser treinados em proporções similares não apenas os músculos que favorecem os golpes, mas, também, aqueles que se opõem a eles.

Informação complementar ao que foi ressaltada nessa pesquisa, publiquei em um artigo meses atrás neste Blog e explicado com mais detalhes no livro Pronto Pra Guerra.

Leandro Paiva

Referência:

McGill, SM, Chaimberg, JD, Frost, DM, and Fenwick, CMJ. Evidence of a double peak in muscle activation to enhance speed and force: an example with elite mixed martial arts fighters. The Journal of Strength & Conditioning Research, v.24, n.2, p.348-357, 2010.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Como funciona o doping e anti-doping?

Material audiovisual com informações interessantes, principalmente, sobre o anti-doping. Bem explicativo sobre os procedimentos que ocorrem quando o atleta é selecionado para o teste. No UFC, evento norte-americano de MMA, existe o teste. Mesmo que seja fácil burlar, baseando-se no fato de que só realizam quando ocorre algum evento, conhecimento é poder. Sempre é bom saber mais sobre o que pode acontecer no dia.

Leandro Paiva




Visita do campeão mundial


Chegando em Manaus após longo período ausente em função de outros projetos relacionados ao livro e curso Pronto Pra Guerra, fui agraciado com a visita do Campeão Mundial de Jiu-Jítsu e Submission, Carlos Vieira Holanda Júnior, ou como é mais conhecido no meio, o "Esquisito". Fica o registro da visita, afinal, além de grande campeão e amigo, é um dos atletas presentes no livro Pronto Pra Guerra.

Leandro Paiva

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Doping nas lutas, artes marciais e modalidades de combate



Excelente material audiovisual sobre Doping nas lutas, patrocinado pela UNESCO. É auto-explicativo, basta assistir para entender e refletir.

Leandro Paiva

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Genética e agressividade de lutadores

Charles Darwin: origem das espécies.


No livro Pronto Pra Guerra, versei sobre características físicas e psicológicas que correlacionei entre alguns lutadores como Ricardo Arona, por exemplo, e seus pais. No entanto, duas correntes na ciência são opostas quanto ao tema "Agressividade e Genética".

A vertente das Ciências Biológicas, iniciada pelo celebrado cientista Charles Darwin, afirma que algumas características psicológicas, assim como as características físicas, são inatas, conservadas e "passadas" aos descendentes.

Por outro lado, outra vertente científica, atrelada às Ciências Sociais, estima que as características psicológicas e, também, de personalidade, dependem tão somente de aprendizagem sendo destituídas de atributos biológicos.

Um estudo recente jogou mais "lenha na fogueira" à discussão. Nele, pesquisadores oriundos da Academia Russa de Ciências e do Instituto de Pesquisas em Educação Física e Esportes da Rússia, relacionaram resquícios de agressividade inatos com genes dos sujeitos pesquisados.

Verificou-se que a prática de esportes em geral, diminui a agressividade, tanto de mulheres que praticam esportes não agressivos, quanto homens atletas de modalidades de combate.

O grupo controle de homens foi caracterizado por maiores índices de agressividade (agressão física e verbal, negativismo, e desconfiança) que as mulheres. As mulheres, independentemente da idade e participação em atividades desportivas, exibiram uma relação entre variações do gene 5-HTT, agressividade e escalas de negativismo: o genótipo SS foi associado a maior agressividade.

Os homens apresentaram uma relação diferente. O índice de agressividade geral foi significativamente maior nos portadores do genótipo LL do que em portadores do genótipo SS. Nos homens, os processos cerebrais que se presume ser a base de agressividade foram encontrados e relacionados com as variações do gene 5-HTT.

Foi sugerido que os portadores do genótipo SS utilizam mais recursos cognitivos para processar a informação. Também suportaram a hipótese de que os portadores do genótipo SS tendem a analisar as informações recebidas mais profundamente. Essa análise mais "séria" da informação externa pode ser relacionada à retração do comportamento impulsivo, que é frequentemente associado à agressividade.

Leandro Paiva

Referência:

O.V. Sysoeva, M.A. Kulikova, N.V. Malyuchenko, A.G. Tonevitskii, A.M. Ivanitskii. Genetic and social factors in the development of aggression. Fiziologiya Cheloveka, v.36, n.1, p.48–56, 2010.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

História do Jiu-Jitsu

Documentário em Português sobre a história do Brasilian Jiu-Jitsu, contada por membros da família Gracie e alguns de seus alunos e outros discipulos. Bem interessante a história de como eles conseguiram aprimorar o Jiu-Jitsu e difundi-lo para ser o que é hoje: uma das lutas mais conhecidas no mundo.

Leandro Paiva











Lesões na Capoeira



De modo geral, nas Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate, são publicados dezenas de artigos todo ano. Entretanto, no caso da Capoeira, em grande parte dos artigos, observamos que o foco é no segmento sociológico e/ou antropológico. Na área de saúde ou biológica, encontramos um artigo interessante sobre lesões na Capoeira, no qual os trechos mais relevantes escolhidos por nós, segue adiante.

Vale salientar um detalhe importante que muitos desconhecem: apesar de diferenças óbvias, a Capoeira, assim como o Mixed Martial Arts - MMA (Vale-Tudo), também pode ser classificada como Arte Marcial Mista, pois em seu repertório de técnicas constam golpes traumáticos (Chutes, Socos, etc. - Strikers), técnicas de projeção ("Baiana", "Rasteira", etc. - Wrestlers) e técnicas de solo (arm-lock, mata-leão, etc. - Grapplers). No entanto, as denominações dos golpes, em sua maioria, são diferentes das utilizadas em outras lutas.


Leandro Paiva



LESÕES NA CAPOEIRA

por: CARLOS ROBERTO PELEGRINO ALVES DE SENA

RESUMO

A distância entre a prática da capoeira e o universo acadêmico é o fator determinante da origem deste artigo. Atualmente a capoeira é reconhecida como importante atividade física da cultura brasileira. Inúmeros benefícios estão associados a sua prática, contudo, existe uma quantidade restrita de pesquisas sobre as lesões pertinentes a modalidade. O objetivo deste artigo é descrever as principais lesões de joelho decorrentes da prática da capoeira, como também relatar diante de vários, alguns fatores que as promovem. O método utilizado foi à revisão de literatura. Os resultados obtidos sugerem que as principais lesões de joelho encontradas na prática da capoeira são as ligamentares, com predominância de “ligamento cruzado anterior” e as de meniscos. As principais causas das lesões são: as mecânicas, como os deslocamentos rápidos, os movimentos repetitivos e extenuantes e as mudanças bruscas de direção (que acentuam a ação da força de atrito e conseqüentemente a força de reação do solo); e as biológicas como o sistema muscular debilitado, a ação proprioceptiva falha e a flexibilidade muscular limitada.

INTRODUÇÃO

A capoeira, hoje patrimônio histórico, assim como o negro vive momentos de alforria, mas que no passado, segundo Gladson (1989), sofreu intermináveis violências como em 15/12/1890, quando um dos mais renomados políticos, Rui Barbosa, então Ministro da Fazenda do governo de Deodoro da Fonseca, prestou um péssimo serviço à nação, mandando queimar todos os documentos referentes à escravidão negra no Brasil, motivo este que temos tão poucos relatos sobre os acontecimentos da época e concomitantemente a capoeira e seus eventos, mas que nos dias de hoje é prestigiada não somente em nosso país, mas em todos os continentes do mundo.
A capoeira a partir de 1972 passou a ser considerada como modalidade desportiva (GLADSON, 1989).

E, como todo esporte, pode ocasionar lesões durante sua prática em decorrência dos movimentos repetitivos, da força de atrito no pé de apoio, dos movimentos que exigem maior flexibilidade ou que induzem a uma má postura, e que geralmente acometem às articulações dos tornozelos, punhos, ombros, cotovelos e joelhos, assim como, as musculares e lombalgias (MOREIRA, 03/02/2008).

“Enquanto o deslocamento do tronco para trás concentra o peso corpóreo no calcanhar do pé apoiado posteriormente produzindo uma extensão reflexa do joelho correspondente o da coluna vertebral, sobrecarregando a massa muscular posterior da perna, impedindo a mobilização rápida do membro de apoio posterior e a esquiva para trás, além de criar condições mecânicas a instalação de lesões mio-ligamento-articulares. O joelho, devido à sustentação, forças externas e deslocamentos rápidos com as mudanças bruscas de direção, é uma das articulações mais exigida na prática da Capoeira”.
(DECANIO, 2008)

O objetivo deste artigo é descrever as principais lesões de joelho decorrentes da prática da capoeira, como também relatar os fatores que as promovem.

LESÕES NA CAPOEIRA

De acordo com Moreira (03/08/2008), a mecânica de alguns movimentos da capoeira, pelo excesso repetitivo ou pela realização inadequada, promove as seguintes lesões:

Tornozelo
Geralmente ocasionada em decorrência de torções durante a ginga, deslocamentos e impactos ao término dos saltos.

Lesões Musculares
Geralmente na realização inadequada de determinados movimentos executados com excesso de explosão, podem acarretar lesões tais como: distensão, contusão, estiramento e contratura muscular.

Lombalgias
Geralmente acontece no trabalho realizado em postura pouco natural, como movimentos inesperados e súbitos, os quais também exigem grande flexibilidade como a ponte, que também força a região facetária das vértebras.

Punhos
Geralmente acontece no impacto dos MMSS. no solo tais como: mortal com as mãos e as quedas (desequilibrantes).

Ombro
Geralmente acontece nos movimentos com exploração da amplitude total do ombro, associando-se à descarga de peso nesta articulação, tais como: macaco, S-dobrado, paradas de mão c/queda de rins, aú giratório, etc… Pode-se chegar a uma artrite traumática.

Menisco ligamentares do joelho
Lesão que geralmente ocorre em detrimento de sobrecarga na articulação,uma hiperextensão ou até mesmo ao atrito e uma torção da articulação devido o pé estar fixado no chão, geralmente acontece durante na execução dos golpes e ao aplicar ou receber movimentos desequiibrantes (quedas).

Cotovelo
Perigo de luxações e entorses, nos movimentos de floreio.

“O capoeirista para aprender um novo golpe ou movimento precisa desenvolver o uso sincronizado de vários grupos musculares simultaneamente. Isso vai viabilizar o uso destes grupos musculares também em práticas corriqueiras no dia a dia, diferentemente do praticante da musculação que trabalha isoladamente para cada grupo muscular. Por outro lado, deve-se tomar muito cuidado, pois a prática indevida pode ocasionar lesões musculares, assim como, lesões articulares, muitas vezes irreversíveis, que podem acarretar prejuízos ao praticante, pelo resto de sua vida”. (BURIANOVÁ, Ph Dr. ZUZANA, 2007).

De acordo com Andrews (2000) apud Cintra Neto (2006), a articulação do joelho é a mais constantemente lesada em todo o corpo, em especial em indivíduos que participam em atividades atléticas, sendo a instabilidade permanente e progressiva mais alta do que qualquer outra lesão articular nos esportes.

PRINCIPAIS LESÕES DE JOELHO NA CAPOEIRA

“Foram avaliados treze pacientes que foram submetidos a cirurgia de reconstrução de ligamento cruzado anterior (LCA), todos atendidos e operados pela Equipe de joelhos do setor de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, sendo que dos 13 pacientes estudados, 10 eram homens (76,9%) e três mulheres (23,1%) e a média de idade foi de 34,5 anos, o esporte mais praticado antes da lesão foi o futebol, (69,2%), seguido da capoeira e basquete (todos com 7,7%). O mecanismo de trauma mais freqüente foi a entorse (10 pacientes – 76,9%), seguida do trauma direto em três pacientes (23,1%)”.(BONFIM, PACCOLA, 2000).

Segundo Petersen e Renstrom (2002, p. 267), “lesões no ligamento colateral medial e lesões meniscais são a maioria, mas, rupturas de ligamento cruzado anterior (LCA) também são comuns e responsáveis por uma considerável quantidade de tempo perdido no esporte”.

LESÕES LIGAMENTARES

“A articulação do joelho é estabilizada por quatro fortes ligamentos: o ligamento colateral medial (LCM), o ligamento colateral lateral (LCL), o ligamento cruzado anterior (LCA) e o ligamento cruzado posterior (LCP), sendo que o LCM e o LCL evitam a movimentação látero-lateral, enquanto o LCA e o LCP limitam a movimentação anormal antero-posterior. Lesões por torção que causam forças excessivas sobre esses ligamentos podem rompê-los”. (PETERSEN E RENSTROM, 2002, p. 268).

Na articulação do joelho, a qual a configuração dos ossos não é particularmente estável, a tensão nos ligamentos contribui muito para a estabilidade articular, ajudando a manter as extremidades ósseas articuladas. (Hall, 2005, p. 121).
A localização de cada ligamento determina a direção na qual será capaz de opor resistência a uma luxação do joelho. (HALL, 2005, p. 231).
A maioria das lesões no joelho, especificamente o ligamento cruzado anterior (LCA) ocorre nas praticas esportivas, principalmente naquelas que envolvem desaceleração, rotação e saltos (BONFIM e PACCOLA, 2000).

“O LCA é o restritor primário da anteriorização da tíbia em relação ao fêmur, sendo responsável por 75% da estabilização anterior do joelho. A lesão de LCA é considerada grave, pois gera uma instabilidade do joelho em movimentos de rotação e mudanças de direção, a perda do LCA não produz somente cinética anormal, mas também freqüentemente resulta em grandes mudanças degenerativas no joelho. O LCP (Ligamento Cruzado Posterior), bloqueia o deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia. É mais robusto, porem, mais curto e menos obliquo em sua direção que o anterior”. (PETERSEN e RENSTROM 2002, ps. 271 e 273).

LESÕES DE MENISCOS

“Os meniscos lateral e medial são fibrocartilagens intra-articulares que apresentam as seguintes funções: aumentar a congruência das articulações tibiofemorais, distribuir a pressão, lubrificação, estabilização da articulação do joelho em todos os planos (principalmente conferindo estabilidade rotacional), prevenir o colapso da membrana sinovial durante a flexo-extensão, sustentar de 40 a 60% da carga total sobre o joelho e até 85% na flexão, absorver impacto fêmoro-tibial em até 20% e função proprioceptiva através de receptores específicos”. (CAMPBELL,1997) (CINTRA NETO, 2006).

As lesões do menisco medial são 20 vezes mais freqüentes que as lesões do menisco lateral. O menisco medial adere firmemente à cápsula articular e ao ligamento colateral medial, de modo a ficar mais exposto aos traumatismos. (VARGAS et al, 2002).

“O menisco medial é parte do complexo ligamentar medial, sendo inserido na cápsula em toda sua extensão, alem de apoiar-se sobre uma superfície côncava. Isto permite menor mobilidade durante os movimentos articulares, sendo considerado o menisco da estabilidade, suas lesões são classificados como; traumáticas, degenerativas e congênitas, decorrentes de traumas rotacionais ou axiais, evidenciados na prática esportiva, subida de escadas e rampas e na queixa de falseio, o menisco lateral também poderá apresentar lesões; traumáticas, degenerativas e congênitas, conseqüentes também de traumas rotacionais (VARGAS et al,2002).

“Em esportes de contato, é comum a ocorrência de lesões dos meniscos, muitas vezes combinadas com lesões ligamentares, particularmente quando o menisco medial é envolvido, sendo com frequencia causadas por impacto de torção no joelho. Em casos de rotação externa do pé (eversão) e da porção inferior da perna em relação ao fêmur, o menisco medial fica mais vulnerável, enquanto em rotação interna do pé(inversão) e parte inferior da perna, o menisco lateral é facilmente lesado e acontecendo também na hiperextensão ou hiperflexão do joelho”. (PETERSEN e RENSTRON, 2002 p. 298).

CONCLUSÃO

Este trabalho teve como objetivo pesquisar sobre lesões que acometem os indivíduos que praticam a capoeira, assim como tentar identificar quais os fatores que as promovem. A partir das informações coletadas na revisão de literatura, concluiu-se que: as lesões de joelho, com predominância de “Ligamento Cruzado Anterior” e “Meniscos” em decorrência da postura do individuo estão mais sujeitas a acontecer através dos deslocamentos rápidos com mudanças bruscas de direção (ginga e fintas de corpo), bem como, movimentos repetitivos e extenuantes (golpes de linha e giratórios), em decorrência da soltura dos golpes e o pé de apoio no chão, ocasionando a força de atrito e resultando na força de reação do solo, onde dependendo do piso e o indivíduo estando descalço será menor e calçado será maior. Forças externas que com o passar do tempo, poderão ocasionar uma frouxidão ligamentar em decorrência das micro-lesões sem intervalos ocasionadas pelo Stress, podendo chegar a uma ruptura ligamentar. No movimento de rotação, tomemos como exemplo o golpe da armada, acontecerá o trabalho sensório – motor; sensório (SNC- via eferente -ligamentos) e motor (ligamentos – via aferente – SNC), momento este em que acontecerá um deslizamento rotacional dos côndilos femorais, lateral e medial do fêmur, sobre os Platôs tibiais lateral e medial da tíbia, podendo acontecer o atraso da mensagem eferente quanto a controlar ou até mesmo parar o golpe giratório, devido a uma ação proprioceptiva falha ocorrendo a frouxidão ligamentar, concomitantemente com o sistema muscular debilitado e a flexibilidade limitada, poderá ocorrer o rompimento do LCA e por muitas vezes acompanhado da lesão de menisco. O fortalecimento muscular, os exercícios de propriocepção e alongamentos, não neutralizarão a possibilidade de lesões, mas agirão preventivamente contra as mesmas.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate: A Ciência do Sentimento

Não é raro acadêmicos de áreas diversificadas se concentrarem em temática central relacionada às lutas, artes marciais e modalidades de combate. Segue, desse modo, coletânea completa de material audiovisual disponibilizado pelo Centro de Pesquisa e Estudo da Ciência do Sentir. Nele, o palestrante Antônio Joaquim de Macedo Soares disponibiliza sua palestra intitulada: "Artes Marciais e Sentimentos". Recomendo para reflexão de atletas, técnicos e/ou profissionais de todas as áreas envolvidos direta ou indiretamente no meio acadêmico.


Leandro Paiva

















terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Golpes na cabeça afetam o olfato de lutadores

Quinton "Rampage" Jackson projetando brutalmente o adversário.


Em estudo que acaba de ser publicado, os pesquisadores oriundos do Departamento de Otorrinolaringologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Universitário de Colônia (Alemanha), analisaram se impactos com traumas recorrentes à cabeça afetavam a função olfatória de lutadores de modalidade com predominância de golpes traumáticos (Strikers).

A hipótese a ser testada era se os atletas teriam a função olfativa reduzida. Cinquenta atletas do sexo masculino foram submetidos a olfatometria ("medida de odores"). Além disso, foram submetidos a endoscopia nasal e responderam a um questionário detalhado sobre seu histórico médico e desportivo. Esses dados foram correlacionados com os dados normativos de indivíduos saudáveis.

Os pesquisadores verificaram que o limiar olfativo e de identificação de odores foram significativamente menores em lutadores, apesar de a discriminação de odores não ser afetada. Observou-se que houve correlação entre o desempenho de identificação de odor e a capacidade de amortecimento das luvas, ou seja, quanto mais acolchoadas eram as luvas do adversário, melhor era o desempenho de identificação de odor, e, portanto, pareceu ser uma medida de proteção em relação ao sentido do olfato nesse grupo de indivíduos.

Vale ressaltar que no MMA, as luvas são ainda mais finas (e menos acolchoadas) do que no Boxe, apenas protegendo as mãos de quem soca. Mesmo com a utilização de luvas mais acolchoadas do que no MMA, no Boxe, os traumas recorrentes na cabeça afetaram a função olfativa, especialmente pela redução do limiar olfativo.

Esses resultados podem ser extrapolados com algumas reservas para o MMA, pois nessa modalidade, a totalidade de golpes que o lutador absorve na luta não se concentra somente no segmento de golpes traumáticos: devem ser consideradas as técnicas de projeção e solo, evidenciando, desse modo, menor recorrência de golpes traumáticos na cabeça comparando com o Boxe.

Os autores deste estudo concluíram alertando que o amortecimento das luvas pode servir de proteção e deve ser aumentada para salvaguardar os desportistas de danos físicos.

Leandro Paiva

Referência:

Vent J, Koenig J, Hellmich M, Huettenbrink KB, Damm M. Impact of recurrent head trauma on olfactory function in boxers: A matched pairs analysis. Brain Research, 2010.

Golpe Baixo

Em outro artigo neste Blog, apresentei alguns aspectos científicos relacionados aos golpes baixos. A vantagem do material audiovisual apresentado agora é, além da legenda em português, as opiniões ressaltadas por diversos atletas de elite de MMA e Jiu-Jítsu. Confira as entrevistas de Paulão Filho, Ronaldo Jacaré e Arona, opinando sobre o assunto. Imperdível!

Leandro Paiva

UFC 110: Antonio Rodrigo "Minotauro" Nogueira (Preparação Física)

Material audiovisual promocional constituído de diversos exercícios específicos de preparação física realizados por Rodrigo "Minotauro". Exercícios de agilidade, velocidade de reação, resistência muscular e potência em situação de resistência (potência-resistência). Estamos na torcida pela vitória dele contra Cain Velasquez. Explicações detalhadas sobre esses meios e métodos são obervadas no livro Pronto Pra Guerra.

Leandro Paiva

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Jiu-Jitsu: flexibilidade do quadril

Royce Gracie.Alinhar ao centro

No Jiu-Jítsu, a valência física denominada de flexibilidade é facilitadora ou limitante do desempenho. Diversos atletas campeões expoentes do esporte como Rickson Gracie, Omar Salum, Ricardo Arona, Paulão Filho e Carlos Vieira Holanda "Esquisito", foram unânimes em declarações prévias conferindo grande relevância à flexibilidade do quadril, ou melhor, da articulação do quadril.

A origem da flexibilidade, como método de treinamento, é desconhecida. Contudo, especula-se que os antigos gregos usaram algum tipo de treinamento de flexibilidade, que possibilitava a realização de acrobacias e lutas com grande facilidade.

No Jiu-Jítsu a flexibilidade é bastante solicitada em diversas articulações, dependendo do posicionamento da luta em que os atletas se encontram (interação atleta-adversário). A articulação do quadril é uma das mais solicitadas, pois quando um atleta encontra-se aplicando técnica de inversão ou de raspagem, realiza nesse gesto uma flexão de quadril com extensão de joelhos simultâneos, gerando encurtamento do reto da coxa em ambas extremidades.

Existem diversas evidências sobre o treinamento de flexibilidade e seus resultados, em diferentes modalidades, de acordo com suas exigências específicas. Baseados nessa premissa, em estudo bem recente, os autores avaliaram o nível de flexibilidade da articulação do quadril de lutadores de Jiu-Jítsu, para verificar se eles estavam acima ou abaixo da média da população não atleta.

Foram selecionados aleatoriamente, 20 atletas, de diferentes categorias e faixas. Foi aplicado o teste de “Sentar-e-alcançar”, que objetiva medir a flexibilidade do quadril, dorso e músculos posteriores dos membros inferiores.

Apesar de alguns atletas apresentarem índices acima da população não atleta, quando quantificaram o grupo por inteiro, foi verificada média de 33,53 cm de flexibilidade, o que classifica o grupo como similar à média da população não atleta.

Ressaltamos que uma das principais limitações desse estudo foi o fato de não estudarem os atletas de elite e "superelite" dessa modalidade. No livro Pronto Pra Guerra, observamos valores médios superiores aos encontrados no referido estudo. Nesse caso, todos os lutadores selecionados eram atletas de elite.

Os autores do estudo explicitado neste artigo, concluíram exaltando que o treino de flexibilidade tem muita importância nas lutas; entretanto, exercícios de alongamento com a finalidade de aumentar os índices de flexibilidade devem seguir a especificidade respeitando as características individuais e biológicas de cada um, assim preparando as articulações e seus fatores limitantes, músculos, tendões e ligamentos para atingir os seus últimos graus de amplitude de movimento, quando solicitados no gesto esportivo em particular.

Leandro Paiva

Referência:

Pertence, L. et al. A flexibilidade da articulação do quadril em atletas que praticam Jiu-Jitsu. Revista digital EFDeportes, Año 14, Nº 139, Diciembre de 2009.

Pronto Pra Guerra TV

Material audiovisual inaugural do canal de TV "Pronto Pra Guerra" no site Youtube. Antiga reivindicação dos leitores do livro Pronto Pra Guerra e também dos que acompanham este Blog. Estamos estruturando e trabalhando em muito conteúdo novo para o Blog e, inclusive, no novo lay-out. Acompanhem as novidades que serão lançadas ainda no primeiro trimestre de 2010.

Leandro Paiva

domingo, 14 de fevereiro de 2010

MMA: nova técnica de passagem de guarda?

Como muitas vezes é preciso "inovar", fica o divertido registro desse novo estilo de passar a guarda no MMA. Pergunta: você arriscaria essa técnica?

Leandro Paiva

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Motivação nas Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate

Material audiovisual contendo aspectos relacionados à motivação e persistência nas lutas. O mais interessante é o fato de as opiniões de treinadores e atletas serem coletadas em situação de treinamento e competição. Sem dúvida, interessante de ver e ouvir para posterior reflexão.

Leandro Paiva

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Lutadores de elite: ritmo cerebral diferente de amadores



Em estudo recém publicado, os pesquisadores procuraram confirmar se procedia a hipótese de que o ritmo cerebral de atletas de elite é diferente de amadores e não atletas. Para tal, utilizaram Eletroencefalograma (EEG) de alta resolução.

De fato, queriam verificar se a amplitude dos ritmos de descanso de estado cortical por intermédio de EEG seria maior em atletas de elite em comparação com atletas amadores e não-atletas, como um reflexo da eficiência dos mecanismos neurais de sincronização.

Com os lutadores de olhos fechados e em repouso, foram coletados os dados do EEG. No total, participaram 16 atletas de elite de Karatê, 20 atletas amadores e 25 não atletas.

Os resultados estatísticos mostraram que a amplitude dos ritmos alfa parietal e occipital foi significativamente maior nos atletas de elite do que nos não atletas e amadores. Resultados semelhantes foram observados em fontes delta parietal e occipital, bem como em fontes teta occipital. Para efeito didático, as áreas parietal e occipital, podem ser observadas na figura acima que ilustra este artigo.

Esses resultados suportam a hipótese de que a sincronização cortical neural (olhos fechados e em repouso) observado pelo EEG é aumentada em atletas de elite comparados a outros indivíduos. Esse fato pode - com reservas - ser associado a maior potencial de contração muscular com economia de energia nas técnicas ou posições específicas da modalidade e, em futuro próximo, também ser utilizado como teste padrão de avaliação física, procurando, desse modo, avaliar esses ritmos e distinguir os atletas considerados de elite dos amadores em referência à sincronização neural.

Leandro Paiva


Referência:


Claudio Babilonia; Nicola Marzanoc; Marco Iacobonid; Francesco Infarinatoe; Pierluigi Aschierif; Paola Buffod; Giuseppe Cibellia; Andrea Soricellic; Fabrizio Eusebid; Claudio Del Percio. Resting state cortical rhythms in athletes: A high-resolution EEG study. Brain Research Bulletin, v.81, n.1, p.149-156, 2010.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Yôga aplicada nas Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate



Em outro artigo neste blog, abordei aspectos do preparo psicológico de lutadores relacionados à postura e respiração. Rickson Gracie, Ricardo Arona, dentre outros atletas de ponta, reconhecem os benefícios dessas práticas complementando o trabalho de preparo físico. Além de flexibilidade e força estática, contribui para evitar o desperdicio de energia pelo fator emocional. No livro Pronto Pra Guerra, são apresentadas explicações minuciosas sobre a prática de Yôga e os benefícios para lutadores. Segue neste artigo, material audiovisual com explicações práticas para uma das posturas (ou ásanas) mais populares da Yôga: Postura do Guerreiro.

Leandro Paiva

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Perda rápida de peso não afeta o desempenho na luta

UFC 109: Randy Couture versus Mark Coleman.



Em estudo recente, os pesquisadores verificaram se a perda rápida de "peso", seguida de um breve período para recuperação poderia afetar o rendimento de lutadores. Os atletas tinham 4 horas para se recuperar.

Quatorze atletas participaram do estudo. Dois grupos foram constituídos:

Grupo 1 - Sete atletas que reduziram 5% de seu "peso" (massa corporal);

Grupo 2 - Sete atletas que não reduziram o "peso" (grupo controle).

Foram avaliadas a composição corporal (percentual de gordura, massa muscular magra, etc.), desempenho, glicose e lactato, antes e após a redução de peso (5-7 dias de intervalo; o grupo controle manteve o peso estável).

Tiveram 4 horas para re-alimentar e hidratar após a pesagem. O consumo alimentar foi registrado durante o período de perda de peso e recuperação após a pesagem. O desempenho foi avaliado por intermédio de exercício específico de luta, além de um combate de 5 minutos e pelo teste de Wingate.

Verificou-se que em ambos os grupos o desempenho melhorou significativamente após o período de perda de peso. Não foram observados efeitos de interação. O consumo de energia e de macronutrientes do grupo de perda de peso (Grupo 1) foram significativamente inferiores aos do grupo controle (Grupo 2). O grupo 1 consumiu grandes quantidades de comida e de carboidratos durante o período de 4 horas de recuperação. Não foram observadas alterações na concentração de lactato, mas uma diminuição significativa da glicose durante o repouso foi observado no grupo 1.

Os autores concluíram que a rápida perda de peso não afetou o desempenho na luta quando os atletas tiveram 4 horas para se recuperar. No entanto, lembraram que os atletas eram experientes em meios e métodos de perda rápida de peso e que os resultados não devem ser extrapolados para atletas inexperientes nesses procedimentos.

Leandro Paiva


Referência:


Guilherme G. Artioli; Rodrigo T. Iglesias; Emerson Franchini; Bruno Gualano; Daniel B. Kashiwagura; Marina Y. Solis; Fabiana B. Benatti; Marina Fuchs; Antonio H. Lancha Junior. Rapid weight loss followed by recovery time does not affect judo-related performance. Journal of Sports Sciences, v.28, n.1, p.21-32, 2010.

Observação: No livro Pronto Pra Guerra, pode ser observado completo panorama sobre os meios e métodos de perda rápida e gradual de "peso" nas Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mixed Martial Arts (MMA): Exercícios de preparação física

Material audiovisual enriquecido com exercícios de preparação física para o alto rendimento no Mixed Martial Arts (MMA). É composto de exercícios de musculação, pliométricos e específicos. São excelentes, pois refletem a realidade da prática da preparação física no MMA. Explicações detalhadas sobre outros exercícios para o MMA além desses e metodologias mais adequadas, são encontradas no livro Pronto Pra Guerra.

Leandro Paiva

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Atletas de MMA são diferentes

Paulo Thiago no UFC.


Um estudo bem interessante acabou de ser publicado sobre o MMA. Os pesquisadores queriam verificar e confirmar a hipótese de que os atletas dessa modalidade possuem diferenças fisiológicas e de composição corporal quando comparados a atletas de outras artes marciais mais tradicionais como o Karatê, por exemplo.

Doze lutadores do sexo masculino foram voluntários para o estudo e divididos em 2 grupos:

Grupo 1 (n = 6), composto por profissionais e amadores de MMA;

Grupo 2 (n = 6), composto por atletas de Karatê recrutados em um torneio.

Cada grupo realizou os mesmos testes. Os testes incluíam: peso, altura, composição corporal (bioimpedância), flexibilidade (teste de sentar e alcançar), salto vertical, resistência muscular, força de preensão, força máxima (supino - 1RM) e potência aeróbia (VO2 máx.).

A composição corporal (percentual de gordura, massa muscular magra, etc.), foi o único parâmetro no qual houve diferença significativa entre os 2 grupos. Verificou-se que os atletas de MMA tinham menos gordura corporal do que os Karatecas.

Apesar de ter sido encontrada diferença significativa entre os grupos apenas em referência à composição corporal, os autores sugeriram que um elevado nível de aptidão física é essencial para o desempenho tanto em artes marciais mistas (MMA) quanto no Karatê.

Observaram que atletas de MMA geralmente treinam em elevadas intensidades com várias formas de treinamento intervalado para aprimorar a capacidade aeróbia. No livro Pronto Pra Guerra apresento diversos exemplos de treinamento intervalado para desenvolver aptidão aeróbia. Voltando ao estudo, embora o VO2 máx. verificado não ter sido significativamente diferente entre os 2 grupos, houve tendência para valores maiores no grupo de atletas de MMA.

Leandro Paiva

Referência:

Braswell, Michael T; Szymanski, David J; Szymanski, Jessica M; Dixon, Erin E; Gilliam, Shane T; Wood, Roy J; Britt, Andrew T; Cicciarella, Charles F. Physiological Differences In Mixed Martial Artist And Traditional Martial Artists: A Pilot Study. The Journal of Strength & Conditioning Research, v.24, S.1, 2010.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Superação nas Lutas

Documentário mostrando que, com muito pouco pode ser feito muita coisa. O rapaz tinha parcos recursos, mas mesmo assim conseguiu avançar. Ronaldo "Jacaré", ex-flanelinha e campeão internacional de Jiu-Jítsu, MMA e Submission conseguiu ser o melhor do mundo, mesmo não tendo, praticamente, nenhum recurso, nem para pagar o transporte: ia andando até a academia à 4 km de sua casa. A academia era gratuita, pois era e é um projeto social. Sua história me inspirou a compor o texto intitulado "Siga seus sonhos, corra seus riscos e seja um vencedor". Pode ser lido facilmente, pois é apresentado no livro Pronto Pra Guerra como o primeiro capítulo.

Leandro Paiva

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mixed Martial Arts e Boxe: colocando a bandagem

Algo aparentemente simples. Contudo, até para colocar a bandagem nas mãos para treinos de Boxe ou MMA existe técnica mais adequada. Portanto, segue vídeo educativo que espero ajudar muitos atletas e treinadores que ainda tem dúvidas quanto à colocação da bandagem nas mãos.

Leandro Paiva

Suplemento de Arginina para lutadores

Renzo Gracie.




Doze lutadores foram submetidos a um estudo, cujo intuito dos pesquisadores era investigar os efeitos da suplementação aguda de arginina sobre respostas metabólicas durante a recuperação após um único episódio de exercício de endurance (aeróbio). Os atletas eram altamente treinados e condicionados.


Eles foram divididos aleatoriamente em dois grupos e realizaram um único turno de exercício em intensidade correspondente a 75% do VO2 máx. por 60 minutos e, em seguida, tomavam ou placebo (Grupo 1) ou arginina (Grupo 2) em concentração de 0,1 g/kg de peso.


As amostras de sangue de cada atleta foram coletadas antes do exercício, e 0, 15, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos após o exercício, respectivamente. O experimento foi repetido duas semanas mais tarde, mas os tratamentos foram trocadas entre os dois grupos. As concentrações sanguíneas de glicose, insulina, ácidos graxos livres (AGL), glicerol, lactato, amônia, creatinoquinase e NOx foram examinadas.


Os autores concluíram o estudo, afirmando que os resultados sugeriram que o consumo de arginina (0,1 g/kg de peso) no período de recuperação fornecerá aos músculos ambiente anabólico favorável, melhorando a recuperação, aumentando a concentraçao de glicose e estimulando a secreção de insulina.


Leandro Paiva


Referência: Pu-Hsi Tsai, Tswen-Kei Tang, Chi-Long Juang, Kenny Wen-Chyuan Chen,Chun-An Chi, and Mei-Chich Hsu. Effects of Arginine Supplementation on Post-Exercise Metabolic Responses. Chinese Journal of Physiology, v.52, n.3, p.136-142, 2009.


Observação: No livro Pronto Pra Guerra, apresento explicações para aplicação prática dos suplementos considerados mais relevantes para lutadores.

Preparação Física no MMA: Paulo Thiago do BOPE



Excelente material audiovisual enriquecido com diversos exercícios planejados e acompanhados pelo meu querido amigo Rogério Camões. Nele, observamos o policial do BOPE de Brasilia, Paulo Thiago, realizando um circuito com exercícios, no qual a orientação é de Potência-Resistência.

Leandro Paiva

Observação: No livro
Pronto Pra Guerra, além de outros exercícios, também são explicadas detalhadamente as orientações quanto aos diversos tipos de Treinamento de Força.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Olhar clínico no Mixed Martial Arts - MMA

Fedor Emelianenko.

No mundo todo são publicados pouquissimos estudos sobre o Mixed Martial Arts - MMA (ou Vale-Tudo). Meu amigo pessoal, Fabrício Boscolo Del Vecchio, que, inclusive, foi revisor e co-autor de um dos capítulos do livro Pronto Pra Guerra, junto com o colega Sérgio Hirata, publicou um excelente artigo em 2009. Cumprindo a proposta deste Blog, para efeito de difusão de informações de dificil acesso sobre Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate, segue na íntegra as principais informações contidas no estudo.

Leandro Paiva



ESTUDO DESCRITIVO DA TEMPORALIDADE E DE DESFECHOS EM LUTAS DE ARTES MARCIAIS MISTAS

Autores: Fabrício Boscolo DEL VECCHIO e Sérgio Masashi HIRATA

Introdução: As práticas corporais combativas, com destaque para as competições de artes marciais mistas (MMA), tem ganhado atenção do âmbito acadêmico. Destacam-se estudos das lesões desportivas e das demandas fisiológicas. Por outro lado, é essencial o melhor entendimento: 1) da temporalidade dos combates, 2) das relações de esforço:pausa, e 3) das ações motoras que definem as lutas.

Objetivo: Investigar as variáveis relacionadas ao tempo de luta, à intensidade dos blocos de esforço e de pausa, bem como os desfechos dos combates, segundo gestos técnicos utilizados.

Metodologia: O estudo se constitui como observacional descritivo transversal. Foram filmadas e analisadas 25 lutas de MMA ocorridas na cidade de Campinas-SP. Foram considerados os tempos de: i) descanso no interior dos rounds, ii) luta em pé em alta intensidade, iii) luta em pé em baixa intensidade, iv) luta no solo em alta intensidade e, v) luta no solo em baixa intensidade. Os dados são apresentados segundo estatísticadescritiva, a partir de medidas de centralidade e dispersão.

Resultados: Dos 25 combates considerados, doze (48%) terminaram com knock-out, sete (28%) em função de decisão dos árbitros e 6 (24%) por submissão do oponente. A maioria teve seu fim em situações de esforços de alta intensidade no solo (48%), seguidas de esforços intensos em pé (28%), momentos de baixa intensidade em pé (12%) e no solo (4%), sendo que 8% das lutas acabaram durante o descanso dos lutadores. As ações motoras que mais geraram vitórias foram as de troca de golpes no solo (“ground and pound”, com 24%) e em pé (24%), seguidas de estrangulamentos e chaves articulares (12% cada). As intervenções médicas e decisões dos árbitros foram responsáveis por 28% dos términos. Ainda, 40% das contendas terminaram no terceiro round, 32% no primeiro e 28% no segundo.

Conclusão: A maioria das lutas terminou no último round, em geral com troca intensa de golpes, sendo que chaves e estrangulamentos foram responsáveis por menos de 25% das vitórias. Os blocos de ataque que geraram vitórias duraram, em sua maioria, até 10 segundos, sendo que a relação de esforço:pausa é de 4:1, com gradiente diferenciado na intensidade dos estímulos no componente esforço.

Observação: No livro
Pronto Pra Guerra, apresento dados de estudo similar que realizei para apurar essas informações sobre os combates realizados no UFC.

Preparação Física do Bope



Exercícios de preparação física realizados pelos policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro (BOPE). Achei interessante introduzir este vídeo no Blog, por três fatores. O primeiro, é a especificidade dos exercícios. Assim como procuramos alertar nas lutas, o preparador físico de lá orienta os exercícios com similitude à realidade do dia a dia desses policiais. Segundo, o fato de ele atentar para um trabalho bem direcionado, evitando, desse modo, lesões desnecessárias. Por último, o fato de aplicar Ciência do Treinamento Desportivo ao periodizar (ou planejar) os exercícios racionalmente, atentando-se à disponibilidade momentânea dos policiais de elite, para executá-los. Gostei do que vi.

Leandro Paiva



terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Características de personalidade de lutadores

George Saint Pierre (campeão do UFC), após receber a cobiçada faixa preta de Jiu-Jitsu.

Existem características comuns de personalidade entre praticantes ou atletas de artes marciais? Um estudo prévio, foi realizado com intuito de identificar características de personalidade e verificar se havia distinção nesse contexto, entre homens/mulheres e entre faixas preta/atletas de graduação inferior. 40 indivíduos participaram da pesquisa.

Os autores verificaram que as lutadoras graduadas com a faixa preta tendiam a ser menos defensivas do que outros atletas, mas também observou-se mais paranóia e raiva do que a média. Atletas femininas graduadas com a faixa preta e também as menos graduadas relataram maior grau de ansiedade e preocupações com a saúde do que os homens que participaram do estudo. As mulheres (faixa preta) também relataram por meio de um questionário, mais problemas familiares do que os outros grupos. Finalmente, atletas faixa preta de ambos os sexos, relataram mais preocupações com a saúde do que os atletas com graduação inferior.

Leandro Paiva

Referência: Wargo, Mark A.; Spirrison, Charles L.; Thorne, B. Michael; Henley, Tracy B. Personality Characteristics of Martial Artists. Social Behavior and Personality, v.35, n.3, p. 399-408, 2007.

Observação: No livro Pronto Pra Guerra, são apresentados diversos estudos realizados para identificar características de personalidade de atletas de Jiu-Jítsu, MMA, Judô, Luta Olímpica, etc.

Cenas engraçadas no MMA

Vídeo rápido com cenas hilárias no MMA. Vale a pena ver e se divertir.

Leandro Paiva

Estrangulamento no Jiu-Jitsu



Estrangulamento pode causar dano cerebral permanente? Existe algum período exato em que isso ocorre? Um estudo prévio foi realizado com 6 lutadores para testar o estrangulamento frontal "de/da gola" (juji-jime).

A pesquisa foi realizada para investigar possíveis alterações eletroencefalográficas induzidas por asfixia em função de técnica de estrangulamento utilizada no Jiu-Jítsu e Judô (Shime-waza), por meio de análise espectral e mapeamento cerebral. Para tal, os pesquisadores utilizaram um aparelho denominado popularmente de eletroencefalograma. Vale ressaltar que eletroencefalograma (EEG) é uma técnica de exame cerebral, realizada por meio da colocação de eletrodos na pele da cabeça do paciente, os quais são conectados a um poderoso amplificador de corrente elétrica. Esse amplificador aumenta a amplitude do sinal elétrico gerado pelo cérebro milhares de vezes.

Resultados: Os pesquisadores verificaram mudanças significativas por intermédio de eletroencefalografia. Essas mudanças foram mais relevantes dentro de um período de até 20 segundos após a asfixia, o que foi realizado em um tempo médio de asfixia, de 8 segundos. Em nenhum dos atletas, a asfixia provocou sintomas neuropsicológicos agudos ou permanentes. No entanto, a análise espectral revelou alterações subclínicas da função cerebral.

Leandro Paiva

Referência: Rau, R.; Raschka, C.; Brunner, K.; Banzer, W. Spectral analysis of electroencephalography changes after choking in judo (juji-jime). Medicine & Science in Sports & Exercise, v.30, n.9, p.1356-1362, 1998.

Observação: No livro Pronto Pra Guerra, apresentei panorama completo sobre os efeitos dos golpes de estrangulamento baseado em diversas publicações atualizadas.

Preparação Psicológica no Jiu-Jitsu







Documentário no qual é ressaltada a importância da preparação psicológica para lutadores de Jiu-Jítsu. Em especial, o fato de apresentarem um lutador com deficiência visual e os benefícios proporcionados pela modalidade. Por fim, vídeo de um combate no qual este baiano "arretado" mostra na prática o que sempre digo: a deficiência está muito mais no coração e na cabeça de quem vê. Para ele, por exemplo, não foi empecilho ganhar de atletas que enxergam.

Leandro Paiva