Um estudo bem interessante acabou de ser publicado sobre o MMA. Os pesquisadores queriam verificar e confirmar a hipótese de que os atletas dessa modalidade possuem diferenças fisiológicas e de composição corporal quando comparados a atletas de outras artes marciais mais tradicionais como o Karatê, por exemplo.
Doze lutadores do sexo masculino foram voluntários para o estudo e divididos em 2 grupos:
Grupo 1 (n = 6), composto por profissionais e amadores de MMA;
Grupo 2 (n = 6), composto por atletas de Karatê recrutados em um torneio.
Cada grupo realizou os mesmos testes. Os testes incluíam: peso, altura, composição corporal (bioimpedância), flexibilidade (teste de sentar e alcançar), salto vertical, resistência muscular, força de preensão, força máxima (supino - 1RM) e potência aeróbia (VO2 máx.).
A composição corporal (percentual de gordura, massa muscular magra, etc.), foi o único parâmetro no qual houve diferença significativa entre os 2 grupos. Verificou-se que os atletas de MMA tinham menos gordura corporal do que os Karatecas.
Apesar de ter sido encontrada diferença significativa entre os grupos apenas em referência à composição corporal, os autores sugeriram que um elevado nível de aptidão física é essencial para o desempenho tanto em artes marciais mistas (MMA) quanto no Karatê.
Observaram que atletas de MMA geralmente treinam em elevadas intensidades com várias formas de treinamento intervalado para aprimorar a capacidade aeróbia. No livro Pronto Pra Guerra apresento diversos exemplos de treinamento intervalado para desenvolver aptidão aeróbia. Voltando ao estudo, embora o VO2 máx. verificado não ter sido significativamente diferente entre os 2 grupos, houve tendência para valores maiores no grupo de atletas de MMA.
Leandro Paiva
Referência:
Braswell, Michael T; Szymanski, David J; Szymanski, Jessica M; Dixon, Erin E; Gilliam, Shane T; Wood, Roy J; Britt, Andrew T; Cicciarella, Charles F. Physiological Differences In Mixed Martial Artist And Traditional Martial Artists: A Pilot Study. The Journal of Strength & Conditioning Research, v.24, S.1, 2010.
0 comentários:
Postar um comentário