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Criar um Slick Auto -Playing Destaque Slider conteúdo Por: Chris Coyier em 2008/08/18 Eu amo o Coda Slider plugin para jQuery. Eu usei-o recentemente para construir um par de abas "widgets" . Um aqui em CSS- Tricks na barra lateral para mostrar Script & Style Links , Posts em Destaque e Popular Posts . Apenas um tipo de uma forma divertida de mostrar muito conteúdo em uma área pequena . Também é usado em um artigo para NETTUTS para um propósito semelhante . Ambos os exemplos usam o Coda Slider muito bonito "out of the box ". Claro que o projeto foi fortemente alterada para se ajustar o emprego, mas a funcionalidade em si não foi alterada de forma alguma. Recentemente, tive o chamado para construir uma "zona de conteúdo apresentado ". O Coda Slider caber a factura quase perfeitamente , mas precisava de uma cirurgia funcionalidade pouco a fazer o que eu queria fazer. Um agradecimento especial a Benjamin Sterling por me ajudar e descobrir alguns truques para mim. Ver Demo Download de Arquivos Funcionalidade Checklist Como eu disse, o Slider Coda foi de 90% já existe. Há uma área de conteúdo principal (painéis, Se quiser ), que desliza da esquerda para a direita , cada um com conteúdo exclusivo diferentes. Há geralmente um número definido de painéis, mas o código é escrito de tal forma que a adição ou remoção de painéis de dor não é enorme. Há links que funcionam como navegação para saltar rapidamente para qualquer painel especial . Estas ligações podem ser qualquer coisa (hiperlink de texto, miniaturas , etc) e um link para um único valor hash URL ( cada painel tem uma URL única , se necessário) . Coda Slider proporciona tudo isso fora da caixa . Aqui está o que precisamos , além disso: •Diferentes tipos de conteúdo personalizado em painéis. Nós já podemos colocar o que nós queremos nos painéis , mas para torná-lo mais fácil para nós, haverá um par de diferentes formatos pronto para ir. A principal delas é uma imagem do tamanho de todo o painel , mas com um texto sobreposto . FEITO . •Auto- play . Você ainda pode clicar nas imagens para ir para qualquer painel , mas deixou em si mesmo, o cursor vai ciclo lentamente através dos painéis . Adicionado, veja abaixo. •indicador de seta. Para servir como uma indicação visual do painel que você está vendo , uma pequena seta acima irá mostrar a miniatura apontando para o painel. INCLUIDO. Vamos percorrer o HTML , CSS e JavaScript. O HTML Aqui está o HTML quadro apenas para o controle deslizante se : class="slider-wrap"> class="panelContainer"> class="wrapper"> temp class="photo-meta-data"> Kaustav Bhattacharya
"Free Tibet " Protesto no Rally da Tocha Olímpica class="panel"
class="wrapper"> class="panel"
class="wrapper"> scotch egg

Como cozinhar um ovo Scotch
  • 6 ovos cozidos, bem refrigerado ( i tentar cozinhá-los para apenas uma etapa soft passado fervida , em seguida, colá-los na parte mais fria da geladeira para firmar acima ) < / li>
  • £ 1 salsicha de carne de boa qualidade ( carne de peru que eu usava o solo, temperado com sálvia, pimenta branca , sal e um pouquinho de xarope de bordo ) < / li>
  • 1 / 2 xícara de farinha AP
  • 1-2 ovos batidos
  • 3 / 4 xícara migalhas de pão panko -style
  • óleo vegetal para fritar class="panel"
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Lesões no MMA - Mixed Martial Arts



Aproveitando a mais recente entrevista do meu amigo Rogério Camões, na qual ele comenta sobre a recuperação do campeão do UFC, Anderson Silva, que teve de realizar uma cirurgia no cotovelo, resolvi apresentar os dados de um estudo realizado para identificar a incidência de lesões em eventos de MMA sancionados por comissão atlética. Os dados sobre as lesões foram colhidos baseando-se no relatório do médico responsável presente em cada evento. No total, verificou-se o índice de lesões acometidas em 171 combates. Estatisticamente, a taxa de incidência de lesões foi de 28,6 lesões para cada 100 combates. Diferente da situação do lutador Anderson Silva que apresentou histórico de lesão em longo prazo - lesão crônica -, não foram significativas as lesões no cotovelo, conforme os dados que seguem (Obs.: lesões com base no segmento anatômico):

1) Face - 47,9% (em função de lacerações ou cortes);

2) Mão - 13,5%;

3) Nariz - 10,4%;

4) Olho - 8,3%;

5) Ombro - 5,2%;

6) Joelho - 3,1%;

7) Cotovelo - 2,1 %;

8) Tornozelo - 2,1%;

9) Costas - 2,1%;

10) Pé - 1,0 %;

11) Pescoço - 1,0 %;

12) Orelha - 1,0 %;

13) Maxilar - 1,0 %;

14) Braço - 1,0%.

É interessante ressaltar que no MMA, comparado ao Boxe, existem poucas ocorrências de vitória por nocaute (KO). Uma vitória por KO geralmente implica que o adversário foi golpeado na cabeça com força suficiente para causar perda de consciência. Em contraste, uma vitória por nocaute técnico (TKO) ocorre quando o árbitro pára a luta, para preservar a integridade física do atleta, independentemente de seu estado de consciência. Um atleta que não consegue se defender adequadamente em razão de cansaço ou lesão justifica a interrupção pelo árbitro, inferindo em vitória por TKO para o lutador vencedor. No Boxe, simplesmente atingir o adversário na cabeça não é suficiente para o árbitro paralizar a luta. Submeter um adversário utilizando golpes de finalização inerentes do Jiu-Jítsu, também é relativamente comum no MMA, contribuindo para o fato de que, aproximadamente 1/4 dos combates terminam sem KO (minimizando as probabilidades de lesões cerebrais posteriores). De fato, segundo os autores desse estudo realizado para identificar a incidência de lesões no MMA, no Boxe ocorre o dobro de incidência de combates que terminam em função de um KO, comparando ao MMA. Em suma, os autores concluíram o estudo afirmando que, apesar da relevante incidência de lesões, sobretudo na face em razão de cortes ou lacerações, o MMA é uma modalidade profissional relativamente menos nociva para o atleta, em comparação com o Boxe Profissional.

Leandro Paiva

Referência: Bledsoe, G., H., Hsu, E., B., Grabowski, J., G., Brill, J., D., & Li, G. (2006). Incidence of Injury in Mixed Martial Arts Competitions. Journal of Sports Science and Medicine, p.136-142.

Observação: Neste post, apresento apenas pequena parte do artigo original. No livro
Pronto Pra Guerra, além desse artigo na íntegra traduzido para o Português, apresento ao menos outros 10, sobre a incidência de lesões no MMA e Jiu-Jítsu. Ainda, são informados meios e métodos para prevenção e tratamento de lesões, além de informações com profundidade sobre duas situações delicadas: (a) fisiologia, lesão e tratamento em decorrência dos golpes de estrangulamento; (b) como identificar e tratar no MMA, in loco, as lacerações (cortes) na face, interrompendo rapidamente o sangramento.

Preparação de alto nível




As imagens acima são registros de uma reportagem acerca do meu trabalho, publicada na Revista Tatame há 8 anos atrás. Muita coisa mudou e para melhor desde essa época. Entretanto, a melhor parte é o sentimento nostálgico dos primórdios da coisa e a lembrança dos atletas que são muito mais que isso: são amigos-irmãos até os dias de hoje.


Leandro Paiva


Observação: Acesse Aqui para baixar a reportagem direto do site da Revista Tatame.

sábado, 28 de novembro de 2009

Cafeína e desempenho nas lutas



No vídeo acima, observamos uma espécie de planta, na qual seus frutos (Guaraná) são ricos de um princípio ativo valorizado na medicina e nos esportes: a cafeína. A cafeína é a droga mais utilizada no mundo, comumente ingerida no café, chá, refrigerantes, bebidas energéticas, etc. Na Tabela adiante, apesar de não constar a quantidade de cafeína contida no guaraná em pó "natural" da Amazônia, registre-se que possui, aproximadamente, o dobro da quantidade encontrada no café. Apesar de existir em formulações, comercializada como medicamento (comprimido ou cápsula), a sugestão é de que seja utilizada naturalmente, por meio de bebidas e/ou alimentos sólidos como os presentes na Tabela adiante ou mesmo pelo guaraná natural.


Existem indícios de que, em função da ingestão aguda de cafeína, ocorra aumento da força muscular e maior resistência à instalação do processo de fadiga muscular. Sugere-se que isso ocorra principalmente pela ação direta da cafeína no Sistema Nervoso Central (SNC). Desse modo, a utilização de cafeína tem se mostrado eficiente para retardar o aparecimento da fadiga e aumentar o poder contrátil do músculo esquelético e/ou cardíaco, inferindo, portanto, na melhora da capacidade de realizar trabalho físico, embora a maioria dos estudos não seja conclusiva com relação aos mecanismos responsáveis por esses efeitos. A cafeína age positivamente sobre a percepção de dor e esforço percebido durante o exercício. Também pode melhorar os aspectos cognitivos do desempenho, tais como a atenção e concentração, principalmente quando o lutador não tem dormido bem. A partir de 2004, deixou de constar na lista de substâncias proibidas da AMA (Agência Mundial Antidoping).

É evidente na literatura os efeitos da cafeína sobre a performance em exercícios aeróbios e anaeróbios. Parece produzir efeitos benéficos tanto nos exercícios mais curtos e de alta intensidade, assim como nos esforços submáximos, inclusive, em exercícios intermitentes (com interrupções), similar aos esforços realizados nas lutas. Entretanto, esses efeitos foram mais notórios em atletas de elite que não ingeriam cafeína regularmente. Além disso, sua aplicação é mais eficiente quando ingerida antes e/ou durante o exercício em quantidades moderadas (1-6 mg por kg de massa corporal). Se o lutador se abster de cafeína pelo menos 7 dias antes de sua utilização vai dar maior chance de otimizar o efeito agudo de melhora do desempenho. Assim, como forma alternativa de uso, poderia reiniciar com quantidade mais baixa, aumentando gradativamente para evitar intolerância ao longo de 3 ou 4 dias, pouco antes do treinamento se tornar mais intenso. Para concluir, salientamos que, apesar do índice não ser elevado, já existe na literatura (Ros et al., 2006) registro de consumo de cafeína com intuito de aumentar a performance por atletas de elite de Luta Olímpica.

Absorção:

Parece alcançar concentração máxima entre 15 e 120 minutos após a ingestão. Boa parte dos estudos utiliza o intervalo de 60 minutos entre a ingestão de cafeína e o início do exercício, pois este parece ser o tempo em que se observa a maior concentração de cafeína na corrente sangüínea.

Principais reações adversas:

Enjôos, taquicardia, nervosismo, agitação, dificuldade para dormir (estimulação do SNC), vômitos (por irritação gastrintestinal), náuseas.

Sinais de superdosagem:

Dor abdominal gástrica, agitação, ansiedade, febre, confusão, cefaléias, taquicardia, irritabilidade, centelhas de luz nos olhos.

Precauções:

Suspender se apresentar pulso rápido, enjôos ou batimentos cardíacos extremamente fortes. Com o uso prolongado pode-se produzir hábito ou dependência psicológica.

Contra-indicações:

A relação risco-benefício deve ser avaliada na presença de doença cardíaca grave, disfunção hepática, úlcera péptica, hipertensão e insônia.

Leandro Paiva


Referências:

1) Silveira, L. et al. Efeito da lipólise induzida pela cafeína na performance e no metabolismo de glicose durante o exercício intermitente. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.12, n.3, p.21-26, 2004;

2) Altimari, L. et al. Cafeína e performance em exercícios anaeróbios. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v.42, n.1, 2006;

3) Davis, J. et al. Caffeine and Anaerobic Performance: Ergogenic Value and Mechanisms of Action. Sports Medicine, v.39, n.10, p.813-832, 2009;

4) Carr, A. et al. Effect of caffeine supplementation on repeated sprint running performance. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, v.48, n.4, p.472-478, 2008;

5) Hudson, G. et al. Effects of Caffeine and Aspirin on Light Resistance Training Performance, Perceived Exertion, and Pain Perception. Journal of Strength and Conditioning Research, v.22, n.6, p.1950-1957, 2008;

6) Ros et al. El dopage em los deportes de contacto. Efdeportes Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 102 - Noviembre de 2006.

7) Sökmen, B. et al. Caffeine Use in Sports: Considerations for the Athlete. Journal of Strength and Conditioning Research, v.22, n.3, p.978-986, 2008;

8) Projeto Bulas da Anvisa - http://www.anvisa.gov.br/.

Observação: No livro Pronto Pra Guerra, são apresentadas informações complementares à esse tópico acerca da utilização de cafeína nas Lutas, Artes Marciais e Modalidades de Combate. Além disso, AQUI, podem ser observadas mais informações sobre o legítimo guaraná em pó da Amazônia.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Lutadores são mais inteligentes?

Parte da inteligência é determinada pela constituição genética de uma pessoa. Além disso, em estudo realizado nos Estados Unidos, publicado na revista Nature, foi sugerido que um bom desempenho em testes de QI (quociente de inteligência) depende da quantidade de massa cinzenta que um indivíduo tem no cérebro. Em 2004, em um estudo na Universidade da Califórnia, descobriu-se que o volume da massa cinzenta em partes do córtex cerebral tinha um impacto maior na inteligência do que o volume total do cérebro.

No Brasil, segundo os autores de um estudo recente (Jacini et al., 2009), pelo menos no caso do Judô, foi verificado que atletas de elite, que praticam o esporte em longo prazo, podem ter aumento da massa cinzenta do cérebro. Estudos experimentais com animais mostraram que o exercício físico, associado ao planejamento e execução de movimentos complexos, são relacionados às mudanças na estrutura do cérebro.

Apesar de, nos humanos, as mudanças na densidade do tecido cerebral em relação à atividade física ainda não estarem totalmente definidos e quantificados, os pesquisadores desse estudo, resolveram investigar as diferenças no volume de substância cinzenta de judocas. Compararam um grupo de oito atletas de elite de Judô competitivo com um grupo de 18 indivíduos saudáveis; porém, não praticantes da modalidade. Os resultados indicaram um número significativamente maior da massa cinzenta em áreas do cérebro de lutadores de Judô, comparando-os a indivíduos normais. No vídeo, podemos observar a reportagem realizada sobre esse estudo.

Leandro Paiva

Referência: Jacini et al. Can exercise shape your brain? Cortical differences associated with judo practice. J Sci Med Sport, 2009.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Jiu-Jitsu para deficientes visuais


Como já citado anteriormente, apesar de fugir um pouco da proposta original deste blog, vou sempre que possível postar informações sobre o trabalho, qualquer que seja, relacionando artes marciais e/ou modalidades de combate com grupos especiais. Para isso, além dos vídeos ou fotos, meu único critério é que haja alguma publicação científica para embasar o tema. Particularmente, abracei com bastante orgulho a perspectiva de divulgação desses grupos neste blog, que tende a ser cada vez mais democrático com a participação e envio de e-mail dos leitores.

Os dois vídeos ilustram o maravilhoso trabalho de ensino de Jiu-Jítsu para deficientes visuais. Logo abaixo, reproduzo parte do único artigo recente que encontrei, em português, embasando o ensino de diversas artes marciais (Jiu-Jitsu, Judô, Taekwondo, etc.) para deficientes visuais.

Leandro Paiva

"Atividade motora adaptada e desenvolvimento motor: possibilidades através das artes marciais para deficientes visuais."

Autores: Maycon Ornelas Almeida; Rita de Fátima da Silva.

Resumo

No presente estudo buscamos apresentar uma visão geral dos principais aspectos do desenvolvimento motor, objetivamos também relacioná-lo às artes marciais, além de discutirmos a contribuição do Judô, Karatê, Jiu-Jítsu e Taekwondo ao desenvolvimento motor e global do indivíduo em condição de deficiência visual. Além de discutir alguns aspectos fundamentais da atuação pedagógica junto a esses indivíduos.

Considerações Finais

E dentro desse processo de compreensão do desenvolvimento motor dos indivíduos em condição de deficiência visual, devemos entender que nosso papel enquanto educadores é o de buscar a garantia de acesso dos mesmos a todos os ambientes, o que viabiliza a implantação do processo inclusivo. Devemos entender os diferentes aspectos do desenvolvimento humano: biológico (físicos, sensoriais, neurológicos); cognitivo; motor; interação social e afetivo-emocional. Porém sempre atentos a compreensão de que o ser humano é uno e, portanto essas divisões só se dão em nível de compreensão acadêmica, quando se trata de lidar diretamente com o indivíduo ele deve ser visto como um todo indivisível (MENEZES, 2008, s/p.). E devemos estar preparados para responder as demandas necessárias do trabalho com indivíduos em condição de deficiência visual, voltadas para a prática educativa, visando o desenvolvimento global do mesmo. Toda a ação pedagógica deve ser pautada sobre a visão da não fragmentação, isso significa que deve haver uma inter-relação entre o que ensinar, para que ensinar e como ensinar (SILVA et. al., 2008). Sendo assim, para que compreendamos o outro compreendamos a nós mesmos e ao mundo que nos cerca, só assim podemos estabelecer uma relação de contribuição com o outro, o que é essencial no desenvolvimento do trabalho com indivíduos em condição de deficiência visual.
O mundo externo que percebemos é sempre um mundo nosso, particular. Nosso corpo contém um "mundo externo particular" que o penetrou no processo de viver. A relação entre nosso corpo e o mundo é tão intricada, tão profunda, que podemos assumir que não existimos isoladamente, ao mesmo tempo que não existe nada igual a nós. O mundo é tão complexo quanto nós mesmos. Nossa ação transformadora do mundo emerge de nossas transformações internas (TAVARES,2003 apud SILVA, ARAÚJO & DUARTE, 2004, s/p.).

Para ler o artigo na íntegra:

http://www.boletimef.org/biblioteca/2374/Atividade-motora-adaptada-e-desenvolvimento-motor




quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Assimetria na força de lutadores

Com um aparelho similar ao utilizado no vídeo acima, são realizados testes para verificar se existem diferenças na força entre os músculos extensores do joelho ("parte da frente ou anterior" da côxa) e os flexores do joelho ("parte de trás ou posterior" da côxa). Essa mesma diferença também pode ser estudada comparando o lado esquerdo e direito (bilateralidade). No geral, os extensores são 30% mais fortes que os flexores. Em indivíduos sedentários, desequilíbrios musculares inferiores a 10% são considerados normais. Contudo, nos atletas, desequilíbrios superiores a 5% já são significativos, pois, estes precisam ter a musculatura bem condicionada para o máximo desempenho na modalidade. Com relação ao grau de harmonia muscular, ocorrem problemas quando dois músculos com funções opostas (Ex: extensores e flexores do joelho) possuem forças diferentes. É necessário haver um "balanceamento" adequado entre ambos, caso contrário pode ocorrer rupturas em suas fibras. O desequilíbrio entre a força dos músculos flexores e extensores sugere não ultrapassar o potencial de força dos extensores mais do que 10% em relação aos músculos flexores, para proteger de lesões. Muitos autores concordam que uma diminuição de 50-60% da força muscular dos flexores para os extensores predispõe a lesões.

Existe na literatura (Assis et al., 2005) referência desses testes realizados com praticantes de Jiu-Jítsu, no qual observou-se diferença significativa entre os músculos extensores e flexores, predispondo o lutador a maior risco de lesões. Como citado anteriormente, essa "desarmonia" de força nesses músculos além de aumentar o risco de lesões, limita o desempenho máximo do atleta na modalidade, pois ambos precisam estar fortes, "harmoniosamente". Além disso, em quase todos os golpes de potência e força nas lutas alterna-se frequentemente entre a extensão e flexão do joelho (Exemplos: entrada de queda; entrada antecipando-se aos golpes do adversário; raspagem.).

Em estudo recente (Drid et al., 2009), foi observado que essas assimetrias não são exclusividade de atletas de Jiu-Jítsu. Em um grupo de 20 atletas de elite de Judô e Luta Olímpica, observou-se esse mesmo problema. Em todos os índices verificados, foram encontrados desarmonia na força muscular em sua razão extensores-flexores do joelho, não sendo observadas, nesse contexto, diferenças entre judocas e atletas de Luta Olímpica.

Conclusão e aplicação prática

A força muscular e o equilibrio dessa qualidade entre os músculos extensores e flexores do joelho minimizam o risco de lesões e são relevantes para possível maior êxito em modalidades de combate. Com base nesses estudos, recomendamos que no trabalho de preparação física, sejam realizados exercícios de flexibilidade e de força, atentando-se principalmente para os músculos flexores, pois comumente são os mais negligenciados no planejamento do treinamento. Desse modo, serão minimizados desequilibrios entre esses músculos, inferindo em menor probabilidade de ocorrência dos problemas supracitados.

Leandro Paiva

Referências:

1) Assis et al. AVALIAÇÃO ISOCINÉTICA DE QUADRÍCEPS E ÍSQUIOS-TIBIAIS NOS ATLETAS DE JIU-JITSU. RBPS 2005; 18 (2) : 85-89;

2) Drid et al. Asymmetry of muscle strength in elite athletes. Biomedical Human Kinetics, v.1, p. 3-5, 2009.

Observação: Veja AQUI, possibilidades no planejamento do treinamento e exercícios, com intuito de minimizar ou suprimir a assimetria na força de lutadores.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Adesão à prática de Jiu-Jitsu

Ronaldo Jacaré - 4 x campeão mundial absoluto de Jiu-Jítsu.


Notavelmente, observamos forte influência da midia na escolha dos indivíduos pela atividade física praticada. O Jiu-Jítsu, é uma das modalidades mais associadas pelos veículos de comunicação com violência gratuita e desmedida. Como um dos principais exemplos para refutar essa associação, podemos citar o atleta Ronaldo Jacaré. Apesar de ser campeão mundial nessa modalidade, dentre outras lutas, jamais teve de ir para delegacia para registrar Boletim de Ocorrência por envolvimento em brigas e confusões. Mesmo com tudo isso, as academias continuam recebendo novos adeptos para a prática de Jiu-Jitsu. Quais seriam os fatores de adesão à prática de Jiu-Jítsu no século 21?

Vamos nos basear em dois estudos:

No primeiro (Tavares Junior et al., 2003), os resultados sobre como os indivíduos conheceram o Jiu-Jítsu, indicaram: 48,35% por meio de programas de TV ou vídeo, 32,25% por amigos, 9,7% por revistas e 9,7% por outros motivos. Como motivo que levaram a prática da atividade, os dados indicaram que: 48,35% praticavam como forma de lazer, 32,25% como forma de obter autoconfiança e defesa pessoal, 9,7% como condicionamento físico e 9,7% como complemento de outras lutas. Os autores informaram que os dados refletem que, mesmo com as informações que vinculam o Jiu-Jítsu com a violência, os praticantes sentiram-se atraídos pela atividade. Essa informação foi potencializada pelo fato do principal meio de divulgação do esporte serem os programas de TV com lutas de “Vale Tudo” ou fitas de vídeo com o mesmo conteúdo, que conotam uma imagem negativa ou violenta ao esporte. Verificou-se também que a maioria dos praticantes da cidade de Rio Claro - SP, praticavam essa modalidade por lazer e não como possibilidade competitiva, para melhora da estética ou como defesa pessoal. Essas análises permitem a reflexão de que a imagem negativa e associada à violência atraiu praticantes para o Jiu-Jítsu, mas os participantes buscam principalmente o lazer na atividade e, com isso, as academias que são tradicionalmente voltadas à competição e defesa pessoal, podem não estar contribuindo para a satisfação plena de seus clientes.

No segundo estudo (Silva e Tahara, 2003), os dados foram coletados e analisados descritivamente pelo pesquisador e, indicaram que os principais fatores de adesão relacionaram-se ao dinamismo que o Jiu-Jítsu oferece e ao prazer em praticá-lo. O alívio dos níveis de estresse e melhora do condicionamento físico foram as principais alterações físicas e psicológicas acarretadas pela prática.

Leandro Paiva


Referências:

1) Tavares Junior et al. Os motivos da adesão da prática do Jiu-Jitsu na cidade de Rio Claro. In: III Congresso Internacional de Educação Física e IX Simpósio Paulista de Educação Física, 2003, Rio Claro;

2) Silva, K.A.; Tahara, A.K. Fatores de adesão à prática do jiu-jitsu. Motriz, v.9, n.1 (supl.), p.S186, 2003.


Observação: No livro Pronto Pra Guerra, são observadas informações complementares a esses estudos, indicando os motivos que levaram os indivíduos à prática desse esporte e qual a percepção reportada por eles, após longo período de prática.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Recomendação prática para ingestão de liquidos no Jiu-Jítsu e MMA

Achei um artigo na íntegra, que vou reproduzir neste blog, com adaptações científicas para o MMA, pois os autores não incluíram esta modalidade no artigo original.

Leandro Paiva



"RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS PARA A INGESTÃO DE LÍQUIDOS POR LUTADORES"

AUTORES: Ciro José Brito; Ana Carolina Pinheiro Volp; Edmar Lacerda Mendes.

RESUMO

Diversos trabalhos estudaram estratégias de reposição hídrica para modalidades aeróbicas, como o ciclismo e a corrida. No entanto, pouco se pesquisou até o momento sobre estratégias de reposição hídrica em lutadores. Este trabalho tem por objetivo apresentar os efeitos benéficos da reposição hidro-energética e propor estratégias para lutadores. São apontadas recomendações para a hidratação antes, durante e depois de cada atividade eespecíficas para as modalidades.

INTRODUÇÃO

A demanda hídrica durante treinamentos para lutadores pode ser superior às demais modalidades desportivas, uma vez que neste tipo de modalidade, a vestimenta utilizada pelos atletas muitas vezes dificultam a evaporação do suor (BRITO; MARINS, 2005). Os principais pontos de perda de calor corporal são as mãos, pés e cabeça (MARINS,2000). Na maioria das modalidades de luta estes locais ficam descobertos, o que facilita a perda de calor corporal. No entanto, em algumas modalidades são utilizados protetores em pelo menos um destes três sítios, enquadram neste tipo de modalidade o boxe, MMA, tae-kwon-do e caratê. Além disso, os uniformes utilizados em muitas das modalidades de luta contribuem para o acúmulo de calor corporal, o que resulta no aumento da temperatura corpórea. Neste sentido merecem atenção especial os lutadores de judô e jiu-jitsu, pois os uniformes utilizados nestas modalidades impõem elevado estresse térmico aos atletas. Os quimonos destas modalidades são feitos de algodão trançado, para adultos o uniforme pesa em média 3kg, isto quando estão secos, a medida que o atleta se desidrata durante um treinamento os uniformes tendem a pesar cada vez mais (Brito e Marins, 2005).

Apesar de não serem observadas diferenças significativas, o algodão, material utilizado para a confecção dos quimonos, sujeita o lutador a maior temperatura corporal, Índice de Percepção do Esforço e freqüência cardíaca. Assim, não havendo atenção especial com a reposição hídrica o atleta tende a sofrer uma desidratação progressiva, o que pode afetar o desempenho do atleta.
Além do estresse térmico imposto pelo equipamento, o ambiente também contribui para o aumento das necessidades de reposição hídrica durante os treinamentos de lutas. Os locais de treinamentos são fechados e muitos não dispõem de equipamento de refrigeração, fazendo com que a perda do calor corporal durante o treino seja dificultada (BRITO, 2005).

Brito e Marins (2002) observaram o variação do peso corporal de judocas em um treinamento com duração aproximada de 100 minutos (início 18:00 horas e término às 19:40 horas), onde a temperatura variou entre 28,7 e 26,8°C e umidade relativa do ar entre 57 e 51%. No dojo onde ocorreu o treinamento não havia janelas e nem refrigeração. A diferença absoluta de peso observada entre o início e fim do treinamento foi de 1,75kg ± 0,41, sendo que aproximadamente 20% dos atletas terminaram o treinamento com desidratação superior a 2%.
Em outro estudo com judocas, Brito (2005) observou desidratação absoluta próxima a 4% em um treinamento com duração de 120 minutos (início 9:00 horas e término às 11:00 horas). O treinamento foi realizado em ambiente com pouca ventilação.

Apesar do maior tempo de atividade no segundo estudo (120 minutos), observou-se grande diferença entre o percentual de desidratação alcançado pelos atletas entre os estudos. No primeiro estudo (BRITO e MARINS, 2002) apesar da temperatura mais elevada, a umidade relativa do ar permaneceu mais baixa, facilitando a evaporação do suor. No segundo, apesar da temperatura mais amena a umidade permaneceu mais elevada, o que dificulta a conversão do suor em vapor de água, fazendo com que a perda hídrica fosse maior.

É importante destacar que a diferença entre a desidratação observada nos estudos não resultou somente da maior umidade observada no segundo, pois, os treinamentos foram realizados em populações, intensidades e períodos do dia diferentes.

Influência negativa da desidratação no desempenho

Como as competições de lutas são categorizadas pelo peso corporal, muitos atletas utilizam de desidratação forçada para se encaixarem na categoria de peso inferior (FABRINI et al., 2002; OPPLIGER et al., 2003). Seja forçada para a perda de peso (OPPLIGER et al., 2003) ou decorrente do treinamento (BRITO, 2005) a desidratação resulta em diversos efeitos adversos ao desempenho desportivo e a saúde como: diminuição do volume plasmático; aumento da freqüência cardíaca sub-máxima; redução do débito cardíaco; redução do volume sistólico; aumento do fluxo sanguíneo cutâneo; diminuição da produção de suor; redução do fluxo sanguíneo nos músculos ativos; decréscimo do fluxo sanguíneo no fígado; aumento da concentração de lactato; aumento do Índice de Percepção de Esforço (IPE); redução do tempo total de realização do exercício; diminuição do VO2max; aumento da temperatura retal; diminuição da pressão arterial; diminuição do rendimento mental; alterações gastrintestinais; aumento da osmolaridade sanguínea; maior solicitação do glicogênio muscular; lesões por calor; maior risco de hipertermia; e maior incidência de câimbras (MARINS et al., 2000).

Recomendações para lutadores

Baseado nos pressupostos descritos anteriormente e efeitos negativos da desidratação no desempenho, sugere-se a seguir diferentes estratégias que podem ser adotadas nas diferentes modalidades de luta.

Treinamento

Em geral os treinamentos de lutas apresentam sessões que variam entre 90 e 120 minutos, isto faz com que a estratégia de reposição hidro-energética a ser adotada entre as modalidades seja similar.

Antes do treino

Um método simples de estabelecer a taxa ideal de reposição hídrica é pesar os atletas antes e depois dos treinos. A demanda de reposição hídrica poderá ser estabelecida pela seguinte equação:

A coloração da urina também pode ser utilizada para verificar a necessidade de reposição antes do treino. Caso a coloração da urina se apresente escura o lutador deve consumir pelo menos 400mL de líquidos antes de iniciar o treino.
Treinamentos das modalidades de luta são caracterizados por predominância aeróbica, com picos de atividade anaeróbia lática e alática (DEGOUTTE et al., 2003). Desta forma, o consumo de solução carboidratada pode ser benéfico para o desempenho, uma vez que nos picos de atividade anaeróbia lática demanda-se maior catabolismo de glicose (DEGOUTTE et al., 2003; DEGOUTTE et al., 2004).

Durante o treino

Ao longo do treinamento, a reposição hídrica será fundamental devido o estresse térmico advindo da modalidade como discutido anteriormente. A reposição hídrica deve ser realizada á medida em que os líquidos corporais são perdidos durante o treinamento. Brito (2005) observou perda hídrica próxima a 1,6 litros por hora durante o treinamento de judô. Nesta cota de desidratação a reposição deve girar em torno de 400mL a cada 15 minutos de treinamento.
Quando a perda hídrica for inferior a 500mL/hora, a reposição energética pode ocorrer na forma de gel, uma vez que estes são absorvidos rapidamente e não causam perturbação gástrica (LAROSA, 2005).

Após o treino

O consumo de gel pode ser recomendado após o treino, quando a sessão ultrapassar 90 minutos de duração, este tipo de estratégia visa acelerar a reposição do glicogênio (LAROSA, 2005). O consumo de carboidratos complexos em excesso não é recomendado nos primeiros 30 minutos pós-atividade, uma vez que modalidades de lutas requerem elevado metabolismo muscular tanto de membros superiores, quanto inferiores (FRANCHINI, 2001). Esta intensa atividade resulta em grande desvio do fluxo sanguíneo para regiões de maior demanda energética, reduzindo o fluxo sanguíneo para o trato-gastrintestinal (MARINS, 2000).
Após o treino, recomendam-se a adição de pequena quantidade de aminoácidos as soluções de reidratação, uma vez que em modalidades como o judô, ocorre significativo catabolismo de proteínas durante o treino (DEGOUTTE; JOUANEL; FILAIRE, 2003; DEGOUTTE; JOUANEL; FILAIRE, 2004). Os aminoácidos adicionados podem ser BCAA’s, glutamina e arginina, uma vez que o treinamento de judô mostrou deprimir o sistema imunológico dos atletas (BRITO, 2005). Para as demais modalidades de luta ainda não foram realizadas tais observações, entretanto, como os treinos têm duração similar, as demandas energéticas podem se equivaler.

Competições

Diferentemente dos treinamentos das modalidades de lutas, durante as competições o tempo de atividade varia consideravelmente, uma vez que, em diversas modalidades, uma técnica aplicada com perfeição determina a vitória sobre o oponente. Enquadra neste tipo de luta a maioria das modalidades praticadas no Brasil, como caratê, judô, jiu-jitsu, boxe, tae-kwon-do, kick-boxe. Assim sendo, a estratégia de reposição hidro-energética varia de acordo com o nível dos lutadores. Uma luta para faixas marrons no jiu-jitsu, por exemplo, pode alcançar 7 minutos caso não haja finalização. Por outro lado, uma rápida finalização pode ocorrer com menos de 1 minuto de luta. No primeiro caso, o atleta possivelmente necessitará repor parte dos líquidos durante o intervalo para a próxima luta, no segundo caso, dificilmente o atleta necessitará repor líquidos, uma vez que o esforço desprendido não aumentará a produção de calor a ponto de produzir desidratação significativa.

Serão apresentadas a seguir estratégias de acordo com as características das modalidades:

Judô e Jiu-Jítsu

Neste tipo de competição, o tempo de duração das lutas varia de acordo com o sexo, idade e nível de graduação dos atletas. Judocas adultos competem 5 minutos de luta independente do nível de graduação. Lutas de jiu-jitsu para faixa preta apresentam duração total de 9 minutos. Cabe destacar que em ambas as modalidades o cronômetro é parado assim que o arbitro solicite, sendo estas interrupções mais freqüentes na luta de judô, fazendo com que o tempo total de luta ultrapasse 9 minutos. Para estas modalidades, o consumo de líquidos antes e durante os intervalos de lutas é recomendado, uma vez que o atleta não poderá se reidratar durante a luta. Não havendo desgaste muito elevado, como nas lutas definidas em menos de 1 minuto, o atleta não necessitará repor energia. Após as lutas, mesmo o atleta eliminando rapidamente os adversários, o tempo total da competição (lutas + intervalos), facilmente ultrapassa 60 minutos. Fazendo com que a necessidade de reposição líquida do lutador seja aumentada após a competição. Após as competições destas modalidades recomenda-se também o consumo de pequena quantidade de aminoácidos adicionados à solução de reposição hidro-energética. Atenção especial deve se dada aos primeiros 30 minutos pós-competição, pois o consumo de carboidratos de fácil absorção (bebida carboidratada e gel) neste período será fundamental para a rápida recomposição do glicogênio.

MMA, Caratê, tae-kwon-do, kick-boxe e boxe

Antes das competições, assim com nas modalidades citadas anteriormente, o consumo de carboidratos é recomendado nos minutos que antecedem as lutas para se maximizar os estoques de energia. Nestas modalidades os atletas e treinadores podem estabelecer estratégias de reposição durante os combates, uma vez que estes são divididos em rounds, aproximadamente 200mL de líquidos podem ser ingeridos durante o intervalo sem que haja comprometimento ao esvaziamento gastrintestinal. Após as competições, a reposição hidro-energética pode ser similar à adotada pelas modalidades de judô e jiu-jitsu.

Considerações finais

A ausência de reposição hídrica afeta a capacidade de desempenho de lutadores durante os treinamentos ou competições. Dependendo da duração da atividade a reposição energética também se faz necessária. Neste sentido, a adoção de estratégias de reposição hidro-energética por parte dos lutadores e treinadores auxiliará no aprimoramento da capacidade e desempenho, o que pode ser o diferencial quando o nível técnico dos atletas se equivale.

Fonte: http://www.fluxos.com/izabela/NUCLEO_PUBLICACAO/tecer/TEXTOS_TECER0/IMGS/PDFS/RECOMENDACOES_CIRO.pdf



Observação: No livro Pronto Pra Guerra, é apresentado panorama de alimentação, suplementação e hidratação para lutas, artes marciais e modalidades de combate. Além disso, é abordado com profundidade 2 temas polêmicos: Doping e Antidoping de lutadores.

Revista Tatame: “Pronto Pra Guerra”: venda recorde em Manaus



Depois de muita espera, enfim, atletas, treinadores, dentre outros presentes, representando diversos segmentos, puderam conferir o lançamento do livro “Pronto Pra Guerra” no último sábado, em Manaus. Aproveitando a oportunidade, o autor do livro, Leandro Paiva, destacou a relevância dos 15 anos da Revista TATAME, sendo seguido por diversos campeões mundiais de Jiu-Jitsu, como Gabriel Moraes (três vezes campeão mundial) e Omar Salum (oito vezes campeão mundial), que fizeram questão de posar para as fotos com a revista comemorativa dos 15 anos.



Regado a champanhe, o Senador Arthur Virgílio Neto, que prefaciou o livro, comemorou com o autor o sucesso do evento, no qual todos os livros foram vendidos. Segundo Andreia Mayumi, gerente de marketing da livraria Saraiva em Manaus, foi o livro mais vendido em um único dia dentre todos já lançados por lá. “Quebrou-se hoje dois paradigmas: o primeiro é que as pessoas não se interessam por livro de esportes e o segundo, pelo fato de ser um livro que aborda especificamente as lutas, derrubando todos os preconceitos”, comemora Andreia.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sucesso: Coquetel de lançamento em Manaus

Diferente do que se imagina, principalmente fora do meio de luta, não são somente atletas e técnicos que admiram, assistem e acompanham os combates e as informações relacionadas a esse universo. Prova maior: Lançamento do livro Pronto Pra Guerra em Manaus. Na oportunidade, autografamos livros para empresários, políticos, médicos, advogados, servidor público (juiz, delegado, procurador, etc.), professores universitários, cientista social, psicólogo, fisioterapeuta, professores de Educação Física e também, é claro, atletas campeões mundiais de Jiu-Jitsu (Omar Salum e Gabriel Moraes) e técnicos de modalidades de combate (Rigoney Júnior, Totonho, Henrique Machado, etc.). Além de todo glamour do lançamento ter sido na maior e melhor livraria do Amazonas, foi regado a champanhe num coquetel de muito bom gosto. Como ponto alto, exibição de vídeo sobre "A Ciência das Artes Marciais: o MMA". Todos esses fatores somados contribuiram para o sucesso do evento: mais de 400 convidados presentes e recorde de vendas na história da Livraria Saraiva de Manaus. No mais, as fotos no vídeo-slide acima só fazem reforçar o que eu já disse.

Obrigado a todos que acreditaram no projeto do livro.

Leandro Paiva

Curso Pronto Pra Guerra em Manaus - HOJE


Será realizado hoje o primeiro curso franqueado com a marca registrada Pronto Pra Guerra®. Excelente oportunidade para todos que estiverem no Amazonas ou mesmo desejarem viajar para assistir ao curso e aproveitar para descobrir os encantos da Floresta Amazônica. Contará com a participação do Prof. Mst Philipp Barreto - RJ (módulo de lutas), Prof. Mst Ewertton Bezerra - AM (módulo de Biomecânica), Profs. Esp. Márcio Soares - AM (módulo de corrida, ciclismo e natação) e Germiniano Neto - AM (módulo de Treinamento de Força - Musculação). Eu, Prof. Leandro Paiva - RJ, serei palestrante no módulo de lutas, abordando "A Ciência das Artes Marciais".


Leandro Paiva


Informação importante: Amigos leitores, em função de minha sobrecarga de trabalho, este blog não é atualizado diariamente e, sim, semanalmente. Portanto, adicione aos seus favoritos e acompanhe diariamente que, em algum dia da semana será atualizado. Prazo máximo para nova postagem (atualização): 7 dias.

SPA DAY URBANO EM MANAUS

Nos dias agitados em que vivemos, se você não tem tempo para viajar afim de um descanso, relaxar ou fugir do ambiente hostil ou tensão do dia a dia. O Day Spa Urbano talvez seja a opção certa ao seu alcance para esquecer ao menos por algumas horas todos os seus problemas. É o programa certo para quem gosta de massagens e relaxamento sem descuidar da beleza e que também não pode ficar muito tempo longe de casa ou se ausentar do trabalho.


O que é o Day Spa Urbano?

São pacotes de tratamentos opcionais relaxantes e também estéticos, feito em uma ambiente tranqüilo e harmonizado dentro de grandes centros urbanos como Manaus, podendo ser realizado no período da manha ou tarde afim de obter relaxamento profundo , desfazendo um pouco a rotina diária.
Geralmente quanto tempo dura o Day Spa?

Como geralmente é mais procurado por pessoas que não tem muito tempo, o Day Spa é realizado no período de 2 a 3 horas , porém é opcional e pode chegar até 5 horas, pois a escolha dos tratamentos relaxantes e|ou estéticos que serão feitos , vai da disponibilidade de tempo e intensidade de estresse de cada um.



Quem procura este tipo de programa de relaxamento hoje em dia?

Toda e qualquer pessoa com interesse em relaxar e sair da rotina diária, é muito comum véspera de casamento ser realizado pelo(a) noivo(a) , namorados se presenteando e também filhos proporcionando Day Spa a seus pais.
Como pode ser feito essa mescla de tratamentos para Day Spa?

Como foi dito anteriormente vai muito do tempo disponível e intensidade de estresse de cada um, além da escolha do tratamento desejado. Mais um exemplo poderia ser : REFLEXOLOGIA + SHIATSU OU MASSAGEM SUECA – 1h e 40min e LIMPEZA DE PELE + MASSAGEM RELAXANTE COM TERAPIA DE PEDRAS QUENTES – 3h
Para maiores esclarecimentos, o Spa Day Urbano correto e bem aplicado esta ao alcance de todos na CLÍNICA HOLISTETIC, localizado na Rua Valério Botelho de Andrade n 24 - São Francisco , dentro do prédio da academia CAGIN, tel:(92) 3664-6340 / 9604-4343 / 8106-7232 - SITE: www.clinicaholistetic.com.br E-mail: leonardopaivacagin@hotmail.com

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Arte Marcial para todos

Recebi um e-mail hoje de um leitor de Minas Gerais que realiza um trabalho louvável com lutas. Ensino de Karatê para cadeirantes. Gostei tanto do que vi que, apesar de fugir da linha deste blog, resolvi postar o vídeo e o resumo do seu artigo. Parabéns João Paulo. Impressionante e emocionante seu trabalho!

Leandro Paiva


"A prática do karatê para pessoas em cadeira de rodas"

Autores: João Paulo Pereira Rosa;Dayane Ferreira Rodrigues;Patrícia Silvestre de Freitas.

Resumo

Introdução: Dentro dos esportes adaptados já praticados pelas pessoas com deficiência, nota-se que há pouco espaço para as artes marciais, tornando-se necessário desenvolver ou adaptá-las para esta população. Nesse sentido o ensino teórico-prático do Karatê para os usuários de cadeira de rodas, justifica-se por possibilitar ao deficiente mais uma atividade física a ser praticada, melhorando e proporcionando uma qualidade de vida as pessoas com deficiência através do Karatê. Objetivo: proceder uma análise das alterações fisiológicas agudas com a prática do Karatê, bem como a possibilidade das pessoas com deficiência, usuários de cadeira de rodas usufruírem da prática do Karatê adaptado melhorando sua qualidade de vida. Metodologia: As aulas de Karatê adaptado foram ministradas durante 9 meses, 2 vezes por semana, sendo realizados 3 testes com intervalo de 3 meses a cada teste. Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado o questionário “escala para medida de satisfação com a vida (NERI, 1998). Realizou-se também avaliações para determinar a agilidade dos indivíduos em cadeira de rodas, sendo adotado o teste ziguezague de agilidade (Texas Fitness Test, adaptado por Belasco Júnior & Silva, 1998). Resultados: Os voluntários obtiveram uma queda de 9,59% no tempo e de 14,28% na freqüência cardíaca do primeiro para o terceiro teste ziguezague de agilidade. Além disso, ao verificar a satisfação com a vida atual comparada com a do início das aulas de Karatê, observou-se que os sujeito passaram de "mais ou menos" satisfeito para "muito satisfeito" nos aspectos saúde mental, saúde física e capacidade física.


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Preparação física MMA - a realidade no alto rendimento



Neste vídeo, mostro a realidade do trabalho de preparação física no alto rendimento. Guiado pelo meu amigo pessoal, o excelente preparador físico Rogerio Camões, Rafael Feijão realiza na primeira parte do vídeo um circuito com exercícios de musculação, pliométricos e específicos, no qual foi aplicada metodologia de potência-resistência. Basicamente, no trabalho de potência-resistência se preconiza a realização de exercícios de potência (potência = força x velocidade) com número maior de repetições, dependendo do caso, bem acima de 12. Só um detalhe: eu estava nesse dia na academia e presenciei todo o treinamento, mas no vídeo editaram a parte do controle do treino com cardiofrequêncímetro (Ex: marca Polar). Apesar de não parecer, esse trabalho era realizado atentando-se para a frequência cardíaca do Rafael Feijão, sendo totalmente especifico para ele. Inclusive o intervalo, baseando-se na redução dos batimentos por minuto (bpm) do atleta e não, genericamente, apenas em um período pré-determinado (Ex: 20 segundos de descanso).

Leandro Paiva

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Treinamento anaeróbio no Jiu-Jitsu

Em artigo prévio, abordamos alguns exercícios e método para desenvolver aptidão aeróbia* de lutadores. Aqui, neste artigo, aproveitamos os mesmos exercícios utilizados no artigo anterior; porém, modificamos o método, pois a prioridade agora é explicar como desenvolver aptidão anaeróbia. Como citado anteriormente, em investigações mais recentes, observou-se que a contribuição aeróbia para o exercício é acionada antes do que se pensava, repercutindo que, nas lutas, a predominância seja aeróbia e não anaeróbia. Entretanto, a aptidão anaeróbia** é determinante para o desempenho. Exercícios não específicos como sprints (ou “tiros”) de corrida de até 10 segundos, são bons referenciais para que o atleta atinja boa base de aptidão anaeróbia. Contudo, existe pouca transferência desses exercícios para a realidade de um combate, incutindo que meios e métodos alternativos de treinamento sejam utilizados para que se atinja com plenitude o objetivo, ou seja, desenvolver aptidão anaeróbia em posições ou golpes específicos do Jiu-Jítsu.

*exercícios de característica aeróbia: podem ser classificados nesse contexto os exercícios realizados com duração superior a 45 segundos;

**exercícios de característica anaeróbia: podem ser classificados nesse contexto os exercícios de curta duração (até 10 segundos) e de duração intermediária (entre 15 e 45 segundos).

Para simplificar, segue exemplo prático de treinamento anaeróbio com exercícios específicos para atletas de Jiu-Jítsu:

Obs: Para atingir a zona de trabalho recomendada, sugerimos que seja monitorada a freqüência cardíaca do lutador, utilizando-se um cardiofrequêncímetro (Ex: marca Polar). Aconselha-se que o treinamento anaeróbio com exercícios específicos de Jiu-Jítsu seja realizado no máximo duas vezes por semana (com intervalo de 48-72 horas entre as sessões). Além disso, sugerimos ênfase nesse trabalho ao adentrar-se no Período Competitivo (de 2 a 6 semanas antes de uma competição) e nos dias em que não houver trabalho de preparo físico com ênfase em força e potência muscular e/ou treino técnico de luta, em intensidades elevadas.

O trabalho com exercícios específicos deve ser realizado acima de 100% do VO2 máx. (potência aeróbia máxima), ou seja, acima de 180-190 bpm (batimentos por minuto). É recomendado que seja realizada avaliação física e médica antes de iniciar esse trabalho, pois os exercícios realizados nessa zona implicam sobrecarga ao aparelho cardio-respiratório, que, em geral, somente atletas de elite suportam. O atleta deve realizar de 2 a 3 vezes a sequência dos exercícios-exemplo propostos adiante, podendo descansar até 5 minutos após cada sequência completa. Atenção: após realizar os cinco exercícios específicos se considera que foi realizada uma sequência completa!

1.º) Após 5-10 minutos de aquecimento, o atleta realiza durante 10 segundos com o máximo de velocidade e força (potência) com o companheiro de treino se movimentando bastante, exercício de entrada de queda ou Uchi-Komi (Figuras 1 e 2) e, logo após, recuperação ativa: corrida por 50 segundos com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);
Uchi-Komi

2.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 10 segundos com o máximo de velocidade e força (potência), o exercício de entrada de queda denominado de Tackle (Figura 3), no qual suspende o companheiro de treino, porém, não o projeta ao solo. Mais uma vez, o companheiro de treino deve se movimentar bastante. Logo após o exercício específico, realiza recuperação ativa: corrida por 50 segundos com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);

Tackle



3.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 10 segundos o exercício de raspagem de gancho (Figuras 4 e 5) com o máximo de velocidade e força (potência). Logo após, realiza recuperação ativa: corrida por 50 segundos com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);

Raspagem de Gancho



4.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 10 segundos o exercício de subida para abrir a guarda do adversário (Figuras 6 e 7) com o máximo de velocidade e força (potência). Logo após, realiza recuperação ativa: corrida por 50 segundos com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);

Subida p/abrir guarda fechada



5.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 10 segundos o exercício de supinar o adversário (Figuras 8 e 9) com o máximo de velocidade e força (potência). Logo após, realiza recuperação ativa: corrida por 50 segundos com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto).

Supinar p/saída do cem quilos



Todas as figuras-exemplo que ilustram este artigo foram extraídas do livro Pronto Pra Guerra® e são protegidas por direitos autorais.

Por Leandro Paiva
(Autor do livro Pronto Pra Guerra – Preparação Física Específica Para Luta e Superação).

Referência: Paiva, L. Pronto Pra Guerra: Preparação Física Específica Para Luta e Superação. Amazonas: OMP Editora, 2009.

Observação: Mais importante do que apresentar os exercícios e métodos para desenvolver aptidão anaeróbia ou aeróbia, é conseguirmos planificar em quais dias, semanas e meses, devem exatamente ser utilizados esses exercícios para que o lutador não apresente indícios de supertreinamento (overreaching ou overtraining), ou atinja o ápice de sua forma antes ou depois da competição desejada. Para isso, recomendamos que veja AQUI mais informações para planejar cuidadosamente a preparação do atleta.


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lançamento em Manaus - Hoje!!!!

Saraiva Mega Store - Manaus

Lançamento no Rio de Janeiro

Repetindo o sucesso do lançamento no Rio de Janeiro, a OMP Editora em parceria com a Livraria Saraiva Mega Store, tem o prazer de lhe convidar para o Coquetel em Manaus de lançamento do livro Pronto Pra Guerra - Preparação Física Específica para Luta e Superação.

Local: Livraria Saraiva, Shopping Manauara, Adrianópolis, Telefone: (92) 3236-9200.

Data: Nessa semana - 13 de Novembro de 2009 (sexta-feira)

Horário: 19 horas

Entrada: Franca - acesso gratuito (aberto ao público - Professores e técnicos podem convidar seus alunos)

Maiores informações: (92) 3236-9200/8136-9279

Observação: Participação de atletas campeões de eventos internacionais. Exibição de vídeo sobre "A Ciência dos Esportes de Combate". Lançamento paralelo de linha de acessórios de preparação física específicos para luta. Exposição da linha de produtos Pronatus do Amazonas - QSP Pharmacy.

Resenha Literária do Livro Pronto Pra Guerra:


"Com prefácio inédito do Senador Arthur Virgílio Neto, o livro 'Pronto Pra Guerra' é dividido em 9 capítulos, abrangendo aspectos literários e científicos do universo contemporâneo das Artes Marciais. O primeiro capítulo, intitulado 'Siga seus sonhos, corra seus riscos e seja um vencedor', após adaptação literária, foi premiado, recebendo menção honrosa no concurso nacional 'Prêmios Literários Cidade de Manaus - 2008'. É ilustrado com mais de 500 figuras exemplificadas pelos atletas com maior representatividade no cenário mundial de Artes Marciais: Ricardo Arona, Ronaldo 'Jacaré', Jorge Patino 'Macaco', Thiago Silva, dentre outros. Trata de suprir a demanda por informações de superação e motivação, correlacionando-as com atletas de modalidades de combate vitoriosos e também de apresentar os segredos do sucesso, baseados em anos de pesquisa e entrevistas realizadas pelo autor. Desse modo, torna-se referência obrigatória para curiosos, aficcionados, atletas, técnicos e todos que desejam se inteirar com profundidade, do 'misterioso' universo que cerca a luta profissional atual como o cenário que a rege (estádio), o palco (ringue) e os atores (lutadores)."


Resenha técnica do Livro Pronto Pra Guerra:
“Além de leitura agradável e descomplicada, é confeccionado em acabamento de alto luxo, com capa colorida de alta qualidade, laminação e orelha. Apesar de o título ser referente à preparação física específica para luta, este livro vai muito além disso. Aborda, praticamente, todos os fatores que influenciam na performance para um lutador tornar-se ou manter-se campeão. Registre-se: aspectos psicológicos, alimentares, técnico-táticos, motivacionais e socioeconômicos. Além disso, apresenta abordagem realística e aprofundada sobre tema polêmico: doping e antidoping entre atletas de modalidades de combate. Este livro enfatiza as modalidades de Jiu-Jítsu, Vale-Tudo ou Mixed Martial Arts – MMA, Submission Wrestling (ADCC) e Grappling (Fila). Contudo, com algumas adaptações, as informações podem ser utilizadas por atletas de outras modalidades de combate/artes marciais: Luta Olímpica (livre e greco-romano), Luta Livre Esportiva, Boxe, Muay Thai, Kick Boxing, Taekwondo, Sambô, Kung Fu, Karatê, Capoeira, etc. Metodologia didática, organizada e ilustrada com mais de 500 fotos. Quanto aos exercícios de preparação física, as figuras são acompanhadas de explicações ensinando como e porque fazê-los. Respaldado com mais de 50 artigos científicos sobre Jiu-Jítsu e Vale-Tudo ou MMA. Referências de mais de 80 artigos científicos de outras modalidades de combate (Boxe, Judô, Luta Olímpica, Taekwondo, Karatê, Kung Fu, etc.). Foi submetido à apreciação e rigorosa revisão científica por profissionais com Pós-Graduação, Mestrado e/ou Doutorado nas áreas de Educação Física, Nutrição, Psicologia, Fisioterapia e Sociologia. Informações sobre diversos temas, correlacionados à preparação física, psicológica e técnico-tática de lutadores: fuso horário, treinamento em altitude, sexo antes da luta, ansiedade antes da luta (pré-competitiva), lesões mais freqüentes e prevenção, Ginástica natural, Pilates, Yôga, Kettlebell, Core Training, etc. Alimentação, suplementação e perda de peso. Lições que poderemos extrair da história real de pessoas – incluindo Ronaldo ‘Jacaré’ – que, mesmo em desvantagem física e/ou social alcançaram o sucesso. Previsões sobre o futuro do mercado ligado ao lutador profissional. Segredos da vida pessoal e profissional dos atletas que nunca foram revelados.”

Mais notícias relacionadas ao livro e sobre o lançamento já realizado em Setembro de 2009 no Rio de Janeiro, Clique AQUI

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Coisas que não tem preço...


Parafraseando o famoso jargão de campanha publicitária de cartão de crédito, realmente, "existem coisas na vida que não tem preço". Fiquei muito feliz de receber a carta que segue do Marco de Jundiaí-SP. Quem me conhece em longo prazo sabe que, na minha opinião, dinheiro conta, mas não é o mais importante. Sabia que a contribuição social do livro ia ser grande, pois meu sonho era democratizar essas informações. Mesmo que, de grão em grão, vou conseguir!!!
Segue, na íntegra, a carta que o Marco me enviou hoje:

Caro Leandro,

Ontem recebi o Pronto Pra Guerra e mesmo após ter apenas folhado e iniciado a leitura me faltam palavras para descrever minha opnião a respeito do livro.
Sou de Jundiaí SP praticante de Wushu e principalmente Sanshou e um grande admirador de MMA mas em minha modesta opnião o seu livro completa qualquer arte marcial.
Aguardo ansiosamente o lançamento de A ciência aplicada as artes marciais pois apesar da minha idade (37) estou iniciando na carreira de educação fisica estou matriculado na universidade para 2010 e vou me especializar em artes marciais e isso é uma reviravolta total pois hoje trabalho com automação industrial e os textos do primeiro capitulo me incentivaram ainda mais.
Parabéns e obrigado já tenho você como uma espécie de tutor.
Este livro é uma revolução que coloca as artes marciais brasileiras em novos tempos ainda melhores.

P.S. o blog completa ainda mais este excelente trabalho.

Marco Vaz - Jundiaí - SP

Revista Tatame: Pronto Pra Guerra é sucesso entre especialistas


Quando questionado sobre a influência que sofreu para escrever o livro “Pronto Pra Guerra”, já considerado Best-Seller no segmento de lutas, Leandro Paiva, autor do livro, não titubeia: “fui influenciado direta e indiretamente pelo grupo de pesquisa em lutas, artes marciais e modalidades de combate da USP. Ao consultar pesquisadores estrangeiros para submeter originais do livro, recomendaram que procurasse o grupo. Apesar de pouca gente saber, os pesquisadores estrangeiros reportaram que o grupo da USP é considerado um dos melhores do mundo pela qualidade e quantidade de suas pesquisas”, contou.

Um dos pesquisadores e vice-líder do grupo, o professor Dr. Fabrício Boscolo Del Vecchio (Unicamp), além de revisor, foi co-autor de um dos capítulos, apoiando incondicionalmente a obra de Leandro Paiva. Mestra em Educação Física pela USP com especialização em lutas, a judoca Bianca Miarka, outra notória participante, ressalta comentário do líder e fundador do grupo, Emerson Franchini, considerado o maior pesquisador do Brasil em modalidades de combate. “Para ele, foi uma surpresa o livro. Achou muito interessante pelo fato de conciliar assuntos gerais relacionados às lutas e por ser prático. Isso é importante", afirmou.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Revista Graciemag: O livro em que Jacaré pegou até autógrafo

Guia sobre preparação física tem festa de lançamento em Manaus

Jacaré e Leandro Paiva no Rio, em setembro. Foto: Divulgação.


Após ser lançado com festa no Rio de Janeiro, o livro "Pronto pra guerra" terá noite de autógrafo nesta sexta-feira 13, às 19 horas, na Livraria Saraiva do Manauara Shopping.

"Todos os leitores estão convidados, a entrada é franca", conclama o autor Leandro Paiva, em e-mail gentil ao GRACIEMAG.com.

Dos muitos campeões presentes na obra, destaque para o senador Arthur Virgílio, que assina o prefácio. A um livro assim, nem o supercampeão do ADCC Ronaldo Jacaré resistiu, como você vê na foto.

Treinamento aeróbio específico Jiu-Jitsu

Há muita discussão referente à necessidade de serem utilizados exercícios e métodos para desenvolver aptidão aeróbia* de lutadores. Há poucos anos, diversos autores ainda classificavam as lutas como modalidades predominantemente anaeróbias** e, por isso, muito do treinamento aeróbio era negligenciado e, de fato, muitos técnicos e preparadores orientavam os atletas para não priorizar esse trabalho. Em investigações mais recentes, observou-se que a contribuição aeróbia para o exercício é acionada antes do que se pensava, repercutindo que, nas lutas, a predominância seja aeróbia e não anaeróbia (apesar de a aptidão anaeróbia ser determinante para o desempenho). Logo, para encurtar discussões mais longas referentes a isso, ressaltamos que o treinamento aeróbio é essencial para lutadores. A pergunta certa não é se deve fazer, mas quando e como realizá-lo. Exercícios não específicos como corridas contínuas, ciclismo, natação, sprints (ou “tiros”) de corrida são bons referenciais para que o atleta atinja boa base de aptidão aeróbia. No entanto, existe pouca transferência desses exercícios para a realidade de um combate, incutindo que meios e métodos alternativos de treinamento sejam utilizados para que se atinja com plenitude o objetivo, ou seja, desenvolver aptidão aeróbia em posições ou golpes específicos do Jiu-Jítsu.

*exercícios de característica aeróbia: podem ser classificados nesse contexto os exercícios realizados com duração superior a 45 segundos;

**exercícios de característica anaeróbia: podem ser classificados nesse contexto os exercícios de curta duração (até 10 segundos) e de duração intermediária (entre 15 e 45 segundos).

Para simplificar, segue exemplo prático de treinamento aeróbio com exercícios específicos para atletas de Jiu-Jítsu:

Obs: Para atingir a zona de trabalho recomendada, sugerimos que seja monitorada a freqüência cardíaca do lutador, utilizando-se um cardiofrequêncímetro (Ex: marca Polar). Aconselha-se que o treinamento aeróbio seja realizado de uma a no máximo três sessões semanais e nos dias em que não houver trabalho de preparo físico com ênfase em força e potência muscular e/ou treino técnico de luta, em intensidades elevadas. O trabalho com exercícios específicos deve ser realizado de 100-130% do VO2 máx. (potência aeróbia máxima), ou seja, acima de 180-190 bpm (batimentos por minuto).

É recomendado que seja realizada avaliação física e médica antes de iniciar esse trabalho, pois os exercícios realizados nessa zona implicam sobrecarga ao aparelho cardio-respiratório, que, em geral, somente atletas de elite suportam. O atleta deve realizar 4 vezes a sequência dos exercícios-exemplo propostos adiante, sem intervalo para descanso após cada sequência. Atenção: após realizar os cinco exercícios específicos se considera que foi realizada uma sequência completa!

1.º) Após 5-10 minutos de aquecimento, o atleta realiza durante 45 segundos com o máximo de velocidade e com o companheiro de treino se deslocando bastante, exercício de entrada de queda ou Uchi-Komi (Figuras 1 e 2) e, logo após, recuperação ativa: corrida por 45 segundos com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);

Uchi-Komi

2.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 45 segundos com o máximo de velocidade, o exercício de entrada de queda denominado de Tackle (Figura 3), no qual suspende o companheiro de treino, porém, não o projeta ao solo. Mais uma vez, o companheiro de treino deve se deslocar bastante. Logo após o exercício específico, realiza recuperação ativa: corrida por 45 segundos com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);

Tackle

3.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 45 segundos o exercício de raspagem de gancho (Figuras 4 e 5) com o máximo de velocidade. Logo após, realiza recuperação ativa: corrida com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);

Raspagem de Gancho

4.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 45 segundos o exercício de subida para abrir a guarda do adversário (Figuras 6 e 7) com o máximo de velocidade. Logo após, realiza recuperação ativa: corrida com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto);

Subida p/abrir guarda fechada

5.º) Após a corrida da etapa anterior, sem descanso, o atleta realiza durante 45 segundos o exercício de supinar o adversário (Figuras 8 e 9) com o máximo de velocidade. Logo após, realiza recuperação ativa: corrida com frequência de 150-175 bpm (batimentos por minuto).

Supinar p/saída do cem quilos



Atenção: Todas as figuras-exemplo que ilustram este artigo foram extraídas do livro Pronto Pra Guerra® e são protegidas por direitos autorais.

Leandro Paiva


Referência: Paiva, L. Pronto Pra Guerra: Preparação Física Específica Para Luta e Superação. Amazonas: OMP Editora, 2009.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Treinamento de potência no Jiu-Jitsu e MMA

Peço, em primeiro lugar, perdão aos leitores deste blog pela correria e não conseguir nessas 2 semanas, em função do lançamento do livro em Manaus e do curso que será 7 dias depois, atualizar este blog adequadamente, ou seja, traduzindo artigos de outros idiomas e ilustrando-os com figuras e/ou vídeos. Na minha opinião, estava perfeito o formato, com sugestões no final para adaptar ao Jiu-Jítsu, MMA, Submission e Grappling, dentre outras modalidades de combate. No entanto, como o tempo está curto, tenho postado vídeos com informações complementares sobre o que está ocorrendo na filmagem, quer seja sobre preparo físico ou psicológico.

No vídeo desta postagem, que enfatiza parte do treinamento de Paulão Filho, ressalto sobre um detalhe: o correto treinamento de potência realizado com barra e anilha. A partir de 1min e 35 seg de filmagem, ele realiza um exercício de força com intuito de potência, mas no final em vez de realizar mais uma repetição, ele arremessa a barra soltando-a de suas mãos. Perfeito! Diversos autores, na literatura científica, alertaram para o fato de que no treinamento de levantamento olímpico (como o realizado por Paulão), pode ocorrer diminuição da potência, caso o atleta desacelere o exercício na fase final. Como alternativa para não diminuir a velocidade e haver desaceleração, refletindo na diminuição da eficácia do exercício para ganho de potência, o atleta pode arremessar a barra para não ter de desacelerar na parte final. Exatamente como Paulão fez.

Leandro Paiva

domingo, 8 de novembro de 2009

Preparação física Jiu-Jitsu

Neste vídeo, é exibida a realidade do treinamento de força máxima de lutadores, quando se encontram no alto rendimento (atletas de elite e "superelite"). Quem realiza o treinamento é o judoca japonês Satoshi Ishii, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2008, Pequim-China. No treinamento de força máxima, em geral, se utilizam sobrecargas de 100-150% de 1RM (1 Repetição Máxima) e repetições que variam de 1 até 4 no máximo. Atletas de elite e "superelite", claro, tem de superar a cada ano seu potencial e, dentro de seus limites, devem ser capazes de levantar bem mais "peso", comparados a atletas iniciantes ou de nível intermediário. Neste vídeo, observamos algo que impressiona: a quantidade de peso que Ishii é capaz de levantar, que é nada mais, nada menos, a realidade dos atletas de modalidades de combate no alto nível.

Leandro Paiva

Observação: Todos os meios e métodos de treinamento de Força Máxima, aplicados especificamente para lutadores, são encontrados AQUI.