Como já relatei em outra publicação deste blog (veja o tópico Doping entre lutadores), existe referência de doping entre atletas de modalidades de combate inseridas nos Jogos Olímpicos. Entretanto, cabe uma pergunta: e quando a modalidade não é inserida nos Jogos? Aí, a coisa complica. Em estudos realizados com lutadores de MMA e Jiu-Jitsu, respectivamente, modalidade profissional e amadora, dá para se ter pequena noção da realidade. No MMA, os organizadores dos principais eventos ainda disfarçam, e "fingem" realizar o "controle" somente logo antes dos combates. O problema desse "controle" é que se o atleta tem o minimo de conhecimento sobre metabolização de fármacos, pode se programar para interromper o uso, de modo que não seja detectada a droga utilizada previamente. No livro Pronto Pra Guerra, apresento algumas dessas informações para jogar luz na farsa do antidoping para lutadores de MMA. Utilizo a palavra "farsa", pois atletas com conhecimento superior podem dopar-se e mesmo assim não serem pegos nos testes. Já no Jiu-Jítsu, não existe absolutamente nenhum controle. Em estudos realizados com praticantes de Jiu-Jítsu e lutadores de nível regional de MMA, foi observado que existe quantidade não desprezível de usuários de esteróides anabólicos androgênicos. Infelizmente, carecem estudos de longo prazos acompanhando lutadores de nível nacional e internacional dessas modalidades.
No MMA, Amtmann (2004) observou que, dentre um grupo de 28 atletas norte-americanos que se preparavam para um evento regional de Mixed Martial Arts, ao menos 5 reportaram uso de esteróides.
No Jiu-Jítsu, dois estudos realizados com amostras regionais, representam um "microcosmo" do "macrocosmo" do consumo de esteróides entre atletas e praticantes dessa modalidade. No primeiro (Bedê, 2006), foi observada a prevalência do uso de esteróides anabólicos androgênicos entre praticantes de Jiu-Jítsu do bairro Icaraí, na cidade de Niterói - Rio de Janeiro. Tradicionalmente, a cidade de Niterói é conhecida no meio da luta pela quantidade e excelência dos centros de prática da modalidade de Jiu-Jítsu. De um total de 55 praticantes, a prevalência encontrada para o uso de esteróides anabólicos androgênicos foi de 26,43% no grupo dos competidores e quando comparado faixa a faixa a prevalência variou de 9,09% para os faixas branca até 50,00% entre os faixas preta. A média de idade de início do uso foi de 21 anos. As drogas mais utilizadas foram: Durateston, Deca-durabolim e Winstrol (Obs.: nomes comerciais). O autor do estudo concluiu que a prevalência do uso de esteróides anabólicos androgênicos foi maior entre os que participavam de competições, além de aumentar proporcionalmente de acordo com a graduação do atleta, ou seja, a prevalência foi maior entre lutadores mais graduados. Os lutadores alegaram que o principal motivo para o uso foi a melhora do desempenho desportivo. No segundo estudo (Castro, 2004), foi observada a utilização entre os pacientes de uma clínica de medicina do esporte em Florianópolis - Santa Catarina. Nele, verificou-se que, dentre praticantes de diversas atividades, os praticantes de Jiu-Jítsu ficaram em 2.º lugar, atrás apenas dos praticantes de musculação. As drogas mais utilizadas foram: Deca-durabolim, Durateston, Winstrol e Dianabol (Obs.: nomes comerciais).
No MMA, Amtmann (2004) observou que, dentre um grupo de 28 atletas norte-americanos que se preparavam para um evento regional de Mixed Martial Arts, ao menos 5 reportaram uso de esteróides.
No Jiu-Jítsu, dois estudos realizados com amostras regionais, representam um "microcosmo" do "macrocosmo" do consumo de esteróides entre atletas e praticantes dessa modalidade. No primeiro (Bedê, 2006), foi observada a prevalência do uso de esteróides anabólicos androgênicos entre praticantes de Jiu-Jítsu do bairro Icaraí, na cidade de Niterói - Rio de Janeiro. Tradicionalmente, a cidade de Niterói é conhecida no meio da luta pela quantidade e excelência dos centros de prática da modalidade de Jiu-Jítsu. De um total de 55 praticantes, a prevalência encontrada para o uso de esteróides anabólicos androgênicos foi de 26,43% no grupo dos competidores e quando comparado faixa a faixa a prevalência variou de 9,09% para os faixas branca até 50,00% entre os faixas preta. A média de idade de início do uso foi de 21 anos. As drogas mais utilizadas foram: Durateston, Deca-durabolim e Winstrol (Obs.: nomes comerciais). O autor do estudo concluiu que a prevalência do uso de esteróides anabólicos androgênicos foi maior entre os que participavam de competições, além de aumentar proporcionalmente de acordo com a graduação do atleta, ou seja, a prevalência foi maior entre lutadores mais graduados. Os lutadores alegaram que o principal motivo para o uso foi a melhora do desempenho desportivo. No segundo estudo (Castro, 2004), foi observada a utilização entre os pacientes de uma clínica de medicina do esporte em Florianópolis - Santa Catarina. Nele, verificou-se que, dentre praticantes de diversas atividades, os praticantes de Jiu-Jítsu ficaram em 2.º lugar, atrás apenas dos praticantes de musculação. As drogas mais utilizadas foram: Deca-durabolim, Durateston, Winstrol e Dianabol (Obs.: nomes comerciais).
Leandro Paiva
Referências
Amtmann, J. Self-Reported Training Methods of Mixed Martial Artists at a Regional Reality Fighting Event. The Journal of Strength and Conditioning Research, v.18, n.1, p.195-196, 2004.
Bedê, P. A prevalência do uso de esteróides androgênicos anabolizantes (EAA) entre praticantes de Jiu-Jitsu. Monografia de graduação em Educação Física apresentada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro, 2006.
Castro, S. Uso indevido de esteróides anabólico-androgênicos entre os pacientes de uma clínica de medicina do esporte em Florianópolis - Santa Catarina. Monografia de graduação em Medicina apresentada à Universidade Federal de Santa Catarina, 2004.
Quer saber mais? Clique AQUI
6 comentários:
Caro prof. Leandro Paiva, parabéns pelo seu livro. É o melhor trabalho que eu já vi nesta área. Sou prof de educação física formado desde 2004 e pratico jiu-jitsu a 10 anos. Tenho uma pequena equipe no interior de MG e procuro inovar bastante nos nossos treinamentos físicos. Em 2010 tenho o objetivo de lutar o Mundial na Califa, porém sei que será difícil, pois se dividir como competidor e prof de EF é muito complicado (vc deve bem saber disso, claro) e seu livro será minha bíblia para que eu alcance meus objetivos. Parabéns mais uma vez e sucesso. Quando puder visite: rotatorijiujitsu.blogspot.com
Conversando com outros leitores, percebo que as impressões relacionadas ao livro, assim como a sua,são alentadoras. Fico feliz por "jogar luz" no até então misterioso universo das ciências aplicadas às artes marciais. Entretanto, apesar de achar que foi um longo passo, sinto que não terminou minha jornada. Fique atento, pois sempre que possível estarei atualizando este Blog.
Grande Abs
Leandro Paiva
Olá novamente Leandro.
Como faço para comprar os equipamentos mostrados no livro, já que alguns itens (medicineball por exemplo) encontram-se esgotados. Um abç. Eduardo Rotatori.
Fala Eduardo. Bom, que eu saiba, tudo ou quase tudo que está no livro pode ser encontrado na net. Lá na editora, pelo que sei, eles estão só com o colete de sobrecarga (por sinal, muito bom). O que tem lá é um de 4 kg, portanto, você consegue comprar mais barato até do que ta anunciando lá. Os elásticos são o que há de melhor!!Modéstia a parte, supervisionei a confecção e te digo que é um grande diferencial, pois não são acessórios nem de longe parecidos com o que se vende na Net. Isso, eu garanto, pois desenvolvemos algo específico para lutadores. Diria que é a nova "arma secreta" do Arona e do Jacaré, pois entreguei na mão de cada um deles e eles tem obtido excelentes resultados. Outro acessório que dentro de 3-4 semanas já será vendido no site da editora é a escada de coordenação. A medicineball, pelo que soube, vai demorar.
Abs
Leandro Paiva
Acredito que 80% dos adeptos do MMA fazem uso de esteroides. Muitas carreiras foram abreviadas pelo uso dessas substancias. Quando praticava Jiu-jitsu vi o campeão do meu estado morrer com a aorte estourada por ter usado esteroide animal. No dia que os exames anti-doping forem obrigatorios nos eventos de MMA, com certeza muita gente vai ter que mudar de profissão.
Olá amigo "Zerohumano", desculpe a demora em respondê-lo. Já existem exames antidoping no MMA, mas, para mim, é conversa para boi dormir. NO Jiu-Jitsu, nada ainda. Grande Abs.
Postar um comentário